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Antes de participar do IPO da Qualicorp, saiba quais os riscos você pode correr

Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO - A Qualicorp está em processo de IPO (Initial Public Offering) e os pedidos de reserva para a oferta de varejo poderão ser feitos até 24 de junho. A companhia atua no segmento de administração, gestão e venda de planos de saúde e pode captar até R$ 1,8 bilhão com a oferta. Porém, é preciso avaliar os riscos relativos à empresa.

Em seu prospecto preliminar, a Qualicorp informa que, caso os riscos explicitados por ela ocorram futuramente, seus negócios podem ser afetados e, consequentemente, o acionista pode perder parte substancial de seu investimento.

Contratos de adesão e pagamentos
O primeiro ponto destacado pela companhia são os contratos de adesão. Em março de 2011, a Qualicorp possuía 900 mil beneficiários. Eles são vitais para o bom andamento operacional da companhia. Se, por motivo de reajuste de preço, mudança na faixa etária ou inflação médica, os beneficiários cancelarem seus contratos de adesão, os negócios da empresa ficarão abalados.

Além disso, o pagamento pontual da mensalidade cobrada destes beneficiários também tem papel fundamental para a empresa. Se o beneficiário deixar de pagar a mensalidade no prazo estipulado, a Qualicorp se vê obrigada a pagar o prêmio diretamente à operadora. "Um aumento nos níveis de inadimplência e/ou atraso no pagamento de tais mensalidades por parte de nossos beneficiários poderá comprometer nossos resultados financeiros", descreve a empresa no prospecto.

Além disso, qualquer custo adicional que seja repassado da operadora para os clientes da Qualicorp pode comprometer os negócios da empresa, que terá dificuldade em manter esses clientes como seus beneficiários.

Operadoras e sistema regulatório
Para que o negócio da empresa siga saudável, a renovação dos contratos com as principais operadoras de planos de assistência à saúde e odontológicas é extremamente relevante.

Movimentos como liquidação extrajudicial das operadoras, processo de falência, aquisições, entre outros, podem prejudicar a companhia, que seria forçada a substituir as antigas operadoras de forma muito rápida, o que nem sempre é possível. Com isso, o número de beneficiários poderia, igualmente, ser reduzido.

Outro ponto destacado pela Qualicorp como um fator de risco é uma eventual mudança no sistema regulatório. O Governo Federal supervisiona as empresas que atuam no mercado de assistência privada à saúde, por meio de duas principais agências reguladoras: a SUSEP e a ANS.

A empresa adverte que, caso haja mudanças regulatórias, como aumento dos custos administrativos e operacionais, aumento do preço dos produtos ou alteração nas regras de contratação de operadoras, a sua rentabilidade pode estar prejudicada.

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