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Dispositivo antifurto reduz custo com seguro de caixa eletrônico

Fonte; Valor Online

BRASÍLIA – O uso do dispositivo antifurto que mancha as cédulas de real em tons de rosa, quando houver violação de caixas eletrônicos, deverá reduzir custos dos bancos com a contratação de seguros contra esse tipo de prejuízo. Quem receber a nota, não será ressarcido.

Para o diretor de Administração do Banco Central (BC), Altamir Lopes, esse é um bom motivo para os bancos absorverem os custos de implantação do mecanismo antifurto na maioria dos 150 mil caixas eletrônicos automáticos (tipo ATM 24hora), espalhados por todo o país.

O uso do dispositivo será opcional. Na prática, o BC está apenas ratificando uma ação que os bancos já implementaram por iniciativa própria.

O diretor explicou que, diante do aumento de roubos, recentemente, principalmente na região de São Paulo, onde cerca de 75 mil cédulas já foram recolhidas depois de serem manchadas, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu regulamentar o tema.

Embora existam pelo mundo mecanismos de queima e perfuração das notas em casos de arrombamento de caixas eletrônicos, o BC optou pelo terceiro tipo, o que mancha com tinta, em função de alguns bancos brasileiros se anteciparem e adotarem o sistema.

Ou seja, a norma do CMN está, apenas, ratificando o que está em prática, confirmou o diretor do BC.

A resolução determina que, se alguém receber uma cédula de real manchada de rosa, não importa o tamanho da mancha, deverá entregá-la a um banco. O banco fará registro do CPF, identificação com foto e endereço, para posterior comunicação sobre o andamento.

Se a nota manchada sair do caixa eletrônico, em horário de expediente, o cliente pode tentar ser ressarcido, o que será opção do gerente bancário. Se ocorrer fora do horário bancário, o cliente terá que tirar um extrato comprovando o débito na conta, fazer um boletim de ocorrência policial e apresentar ao banco no dia seguinte.

Altamir disse que o cidadão nem o banco não serão ressarcidos, como já ocorre em casos de cédulas falsas.

Ele admite que a autoridade monetária pretende ouvir entidades representativas da sociedade, para que a norma “seja aperfeiçoada”.

(Azelma Rodrigues | Valor)

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