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Acidentes com moto são a segunda causa de internação por trauma no Hospital das Clínicas de SP

Fonte: Globo Online

Os acidentes por motocicletas são uma das principais causas de internações por traumas no Hospital das Clínicas de São Paulo, ligado à Faculdade de Medicina da USP. Esses acidentes representam 19,5% deste tipo de internação. Os dados fazem parte de um levantamento, dos atendimentos realizados no ano passado, no Serviço de Cirurgia de Emergência e Trauma do pronto-socorro do Instituto Central, do HC, divulgado nesta terça-feira.

Os homens são 89,3% dos acidentados com motos. Entre as vítimas com até 16 anos, 5% dos casos de internação foram por acidentes de motos. De 17 a 30 anos, as estatísticas apontam 39%. De 31 a 45 anos, 17% se referem a internações por acidente de moto. Na faixa etária dos 46 a 60 anos, o índice cai para 5%.

"O número elevado de internações por trauma, além de onerar todo o sistema de saúde, traz um comprometimento social e da esfera trabalhista", explica Fernando P. Leitão, professor do Departamento de Cirurgia do HC. No Serviço de Cirurgia de Emergência e Trauma, 43% dos pacientes atendidos possuíam algum tipo de trauma. Entre esses pacientes, 11% precisaram de internação.

Para Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas. Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo e Região (SindimotoSP), o aumento no número de motos em São Paulo é um dos motivos do alto percentual de acidentados.

- De dez anos para cá, o número de motos em circulação triplicou. Mas vale a pena destacar que os motoboys profissionais correspondem à parcela que menos se acidenta. Dos acidentes com motos na cidade, apenas 13% são com motoboys. Muitas vezes, o motorista se distrai no trânsito por segundos, muda de faixa sem perceber a presença de uma moto e causa acidente - afirma Gilberto Almeida dos Santos.

Ele defende o aumento no número de motofaixas em grandes avenidas na cidade de São Paulo e campanhas de conscientização com motoristas para prevenir acidentes de trânsito.

- Precisamos de um mecanismo para prevenir acidentes, e não tratar esse motociclista no hospital. O cara que está em cima da moto é trabalhador, paga IPVA. Investir adequadamente em campanhas e criação de motofaixas serão um benefício para toda a sociedade - diz o presidente do SindimotoSP.

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