Breaking News

Estado do Ceará exporta golpe do seguro de vida

Fonte: Diário do Nordeste - CE

A Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil do Ceará alerta, uma quadrilha especializada no ´Golpe do Seguro´, sediada em Fortaleza, tem feito vítimas em todo o País. Nas últimas semanas, uma avalanche de denúncias tem enchido de inquéritos a mesa do delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF.

"Temos catalogado vítimas pelo Nordeste, Sudeste e Sul do País. Todas as denúncias têm um ponto em comum, o crime começa no Ceará", declara.

O primeiro momento do golpe está no acesso da quadrilha à uma possível lista de aposentados e pensionistas. "Os alvos são identificados e recebem uma correspondência com apólice falsa de seguro. A quadrilha tem usado nomes de várias empresas seguradoras. Nos documentos, ficam descritos valores que a vítima teria a receber e que, para a liberação do valor, tem que depositar algum dinheiro antes. Se a pessoa cair de primeira, eles investem pesado, mandando fazer mais e mais depósitos", explica.

As contas fornecidas pelos estelionatários são contas de ´laranjas´. Para estes, o delegado também deixa um recado: "Estamos indiciando essas pessoas que, de uma forma ou de outra, colaboram para o crime acontecer", avisa. Jaime exemplifica com o caso de uma senhora que chegou a depositar um total de R$103 mil sob a promessa de receber R$400 mil. "E o pior: a quadrilha vai fornecendo contas diferentes, para despistar a atenção da Polícia, e a vítima continua depositando, sem questionar".

Desesperadas, muitas pessoas que sofreram o golpe recorrem à Polícia quando percebem que caíram no conto dos estelionatários. "Começa então outro problema: os bandidos que aplicam este tipo de golpe se travestem do anonimato. Os números de telefones que eles fornecem para as vítimas são cadastrados em nome de terceiros, vítimas também, e as contas são de ´laranjas´. Dessa forma, vão se mantendo sem identidade na rede do estelionato", destaca o titular da ´Defraudações´.

Processos

Entre os processos que estão nas mãos do delegado, todos tem as assinaturas de dois homens: Ruy Miranda e Antônio Cardoso Freitas. "Possivelmente são fictícios", alerta Jaime. Há registros de casos no ano de 2009. "Já temos mais de 50 números de telefones diferentes que são usados pela gangue. Quando as vítimas ligam, encontram apenas caixa postal", explica.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario