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Polícia e MP investigam 12 associações e cooperativas que vendem seguros de carros no ES

Fonte: TV Vitória

A polícia e o Ministério Público investigam doze associações e cooperativas do Espírito Santo suspeitas de venderem seguros e não realizarem os serviços quando acionadas pelos clientes. Vários clientes das empresas já acionaram a justiça e buscam os seus direitos.

A autônoma Lúcia Santos Gonçalves mostrou os comprovantes dos pagamentos em dia. Ela disse que sofreu um acidente em março e ainda está com o carro na oficina. "Estou parada e até com depressão. Sou uma das pessoas que estão vindo aqui todos os dias porque estou precisando do meu carro para trabalhar porque vivo disso", reclamou.

O mecânico Renato Ferreira do Rosário teve o carro roubado no início de março. Ele fez tudo o que a associação pediu, mas não obteve nenhum retorno até hoje. "Desde o dia 16 de março até hoje nunca me deram retorno de nada, nunca me falaram nada".

O caso da aposentada Ana do Carmo Rosa é ainda mais absurdo. O carro dela batido está preso em um pátio de guincho há quatro meses. Isso porque a seguradora não pagou as diárias. "A menina do pátio ligava para o escritório para avisar que estava passando de 20 dias e teríamos que começar a pagar. O seguro é quem deveria ter pagado", lamentou.

O representante da empresa de guincho diz que não tem o que fazer. "Hoje já passa de R$ 3 mil. Já tem quatro meses. Eles não estão pagando nada e nem atendem o telefone. Não informou o cliente e pessoas de idade vêm aqui na porta todos os dias para tentar resolver o problema e não tem solução. Nas poucas vezes em que eles atendem o telefone, não informam nada e passam a responsabilidade para outras pessoas até a ligação cair", afirmou o administrador Fernando Ângelo.

A associação localizada em Campo Grande, Cariacica, até estava com as portas abertas nesta segunda-feira (25). Mas ninguém atendeu a equipe de reportagem da Rede Vitória para prestar esclarecimentos.

No Procon de Cariacica há apenas uma reclamação contra a Ampara. Porém, o cadastro jurídico da empresa deixa claro: ela não está habilitada a vender seguros. O gerente do órgão, José Carlos Coutinho, pede que as vítimas denunciem e faz um alerta. "Antes de fazer uma adesão a esse tipo de comércio é importante procurar o Procon ou em sites de bancos ou da seguradora na internet para ver se ela está autorizada a oferecer esse serviço".

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