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Teste de estresse reprova 10% de seguradoras europeias

Fonte: Paraná Online

Cerca de 10% das seguradoras da Europa não conseguiriam atender as exigências de capital mínimo em um cenário macroeconômico adverso, afirmou hoje a Autoridade Europeia para Seguros e Pensões Ocupacionais (EIOPA, na sigla em inglês), órgão regulador das empresas do setor no continente. A capitalização geral do setor, no entanto, é robusta e as companhias estão bem preparadas pra potenciais futuros choques, avaliou a entidade.

Em um teste de estresse realizado entre as seguradoras que representam mais de 60% do mercado europeu, a EIOPA examinou a capacidade do setor de cumprir as obrigações financeiras em três cenários de estresse macroeconômico - um cenário básico, um cenário adverso e um choque inflacionário - e o impacto sobre os riscos de mercado, os riscos de crédito e os riscos de seguro das empresas.

O teste foi feito com base em novas e duras exigências de capital para as seguradoras, conhecido como Solvency II, que terão efeito a partir de 1º de janeiro de 2013. Cerca de 90% das empresas passaram no teste, mesmo no cenário mais adverso, afirmou o presidente da EIOPA, Gabriel Bernardino.

Mas 10% (13 grupos participantes) fracassariam no cenário adverso. Isso resultaria em uma deficiência de capital relativamente limitada de 4,4 bilhões de euros para as exigências de capital mínimo agregadas - de 152 bilhões de euros nessa amostra, de acordo com o Solvency II.

Das companhias testadas, 6 grupos, ou 5% do total de 129, não conseguiriam superar o cenário de estresse soberano, resultando em uma deficiência de capital de 3,4 bilhões de euros. E 10 grupos, ou 8%, não sobreviveriam ao cenário de inflação.

Juntas, todas as companhias testadas tiveram um superávit de solvência agregado de 425 bilhões de euros, que seria reduzido em 150 bilhões de euros em um cenário adverso. No cenário de estresse soberano, o superávit agregado seria reduzido em 33 bilhões de euros. Segundo Bernardino, um default (não pagamento das dívidas) da Grécia não foi testado. Os testes foram limitados à ampliação dos spreads da dívida soberana.

Bernardino acrescentou que os resultados não significam que as empresas que não passaram nos testes terão de levantar capital imediatamente, já que o atual regime é apropriado por enquanto. Segundo ele, os supervisores nacionais vão agora discutir os resultados e as estratégias com as empresas individualmente. As informações são da Dow Jones.

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