Breaking News

Venda de seguro chega a US$ 4,3 tri em 2010

Fonte: Denise Bueno - Sonho Seguro

Em 2010, o volume global de prêmios apresentou um vigoroso aumento impulsionado pelo crescimento econômico, repercutindo em capital e solvência Os países emergentes continuaram a ganhar em importância – a China tornou-se o sexto maior mercado de seguros e o retorno dos investimentos sofreu com as baixas taxas de juros.

Essas são as principais conclusões do tradicional estudo sobre as vendas mundiais de seguros, realizado pela Sigma, divisão de estudos da Swiss Re, segunda maior resseguradora do mundo. De acordo com o estudo, as vendas de seguros chegaram a US$ 4,3 trilhões em 2010, crescimento real (já descontada a inflação) de 2,7% acima do resultado de 2009.

Para 2011, o cenário é de incertezas. Os principais riscos para o panorama futuro referem-se a uma escalada da crise da dívida soberana em euros ou a uma grave escassez de petróleo causada por tumultos nos principais países produtores de petróleo.

Em 2010, os prêmios do segmento de vida cresceram 3,2%, para US$ 2,5 trilhões, e de ramos elementares avançaram 2,1%, para US$ 1,8 trilhão. De acordo com o estudo, o crescimento dos prêmios nos mercados emergentes se acelerou. O setor apresentou melhora de capital e solvência, enquanto as baixas taxas de juros abalaram o retorno dos investimentos. No Brasil, os prêmios chegaram a US$ 60 bilhões e a penetração no PIB situou-se em 3,1%, bem abaixo da media mundial de 6,9%.

A indústria do seguro retoma seu crescimento, como mostra a avaliação anual da Swiss Re para os mercados globais de seguros em 2010. O volume de prêmios cresceu em três quartos dos 78 mercados da mostra. O crescimento teve particular vigor nos mercados emergentes. Ao mesmo tempo, o capital e a solvência do setor de seguros apresentaram uma forte melhora, mas as baixas taxas de juros ainda tiveram impacto negativo sobre a lucratividade.

O crescimento foi mais intenso nos mercados emergentes asiáticos,e robusto em alguns dos grandes mercados europeus. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, os prêmios diminuíram, embora em um ritmo mais modesto do que em 2009. Apesar do impacto negativo das baixas taxas de juros sobre a lucratividade das seguradoras de vida, elas contribuíram para uma forte melhora da posição do capital contábil do setor por aumentarem o valor das carteiras de títulos das seguradoras de vida.

Daniel Staib, um dos autores do novo estudo sigma, comenta: “O cenário predominante mostra uma indústria retomando a tendência de crescimento no longo prazo. Em realidade, em alguns países da Europa Continental, o crescimento no ano passado poderia ser considerado acentuado, pois o faturamento de produtos de prêmio único com garantias relativamente atraentes apresentou forte crescimento.”

Nos mercados emergentes, os prêmios do segmento de vida subiram 13%. A Ásia Meridional e Oriental formou a região com mais forte crescimento, alcançando 18%, tendo à frente a China, com grande demanda tanto por produtos tradicionais quanto por produtos vinculados a investimentos. A América Latina e o Caribe não ficaram muito atrás, com 12%, liderados pelo Brasil.

Em 2010, os prêmios do seguro de ramos elementares aumentaram 2,1% em nível mundial. Nos países emergentes e recém- industrializados da Ásia, a vigorosa retomada econômica fez crescer a demanda por cobertura de seguro. O volume de prêmios aumentou também na Europa e nos Estados Unidos. O capital do setor prosseguiu em seu desenvolvimento positivo e atingiu um nível recorde em 2010.

Os resultados da subscrição se deterioraram, em geral, nos Estados Unidos e ficaram negativos nos grandes mercados europeus; no último caso, devido aos péssimos resultados do seguro de automóveis. Nos oito maiores mercados, pelo segundo ano consecutivo, a receita de prêmios não conseguiu cobrir completamente as liquidações de sinistros e outros custos. “O índice combinado médio desses principais mercados degenerou para 103%, comparado com 101% em 2009.

Diante dos recentes eventos de sinistros catastróficos, éevidente que os resultados globais das subscrições irão piorar ainda mais em 2011. Isto indica que os preços estão inadequados. Em alguns mercados, tais como Itália e Reino Unido, os índices começaram a subir, particularmente nos seguros de automóveis, sinalizando que o ciclo de subscrição estáfinalmente começando a mudar de direção”, afirma Staib.

Apesar da persistente incerteza, em 2011 a recuperação econômica deverá seguir seu curso e estimular o crescimento de prêmios nos setores de vida e ramos elementares em nível mundial. Entretanto, o retorno dos investimentos, tanto no setor de vida quanto de ramos elementares, vai permanecer fraco, pois as taxas de juros apresentarão, quando muito, apenas uma lenta subida.

“Em relação aos mercados maduros, o crescimento do seguro de vida deverá se tornar positivo nos Estados Unidos, enquanto na Europa Ocidental o aumento de prêmios poderá apresentar ligeira desaceleração, uma vez que as crescentes taxas de juros deixarão as apólices de vida com garantia de taxa de juro menos atrativas”, observa Staib.

No longo prazo, o fato de a nossa sociedade estar envelhecendo e necessitar cada vez mais de reservas para a velhice,continua sendo um aspecto positivo para as seguradoras de vida. No segmento de ramos elementares, a tendência é de um maior crescimento de prêmios em 2011. Esta tendência se fortalecerá com as taxas de prêmios começando a ser ajustadas para cima.

A participação dos países emergentes no mercado global, atualmente de 14%, deverá continuar aumentando vigorosamente nos próximos dez anos. É provável que a China se torne o segundo maior mercado de seguros dentro de uma década (em 2010 era o sexto maior).

O estudo completo está disponível em http://media.swissre.com/documents/sigma2_2011_en.pdf

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario