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Agenciador X Agentes de seguros

Fonte: CQCS | Pedro Duarte

O executivo Lucio Marques, ex-presidente do CVG-RJ, em análise ao projeto do agenciador de seguros, conforme foi proposto pela entidade na sua gestão, considera que “a maioria dos corretores são contra porque estão mal informados e não sabem a fundo o que significa”. Ele reforça que a ideia “não se propõe a piorar ou dificultar a vida dos corretores e sim melhorar a questão do agenciamento em caso de grandes apólices”.

Nesse contexto, não se deve confundir “agente de seguros” com “agenciador de seguros”. “A argumentação apresentada no projeto inicial era a respeito do agenciador ou angariador e não de agente, que não foi objeto da proposta, e é um profissional usado nos mercados estrangeiros por companhias focadas em vida individual”, enfatiza Lucio.

Ele aproveita para fazer uma análise dos termos “agenciador” e “agenciamento”. “De acordo com o Dicionário de Seguros da Escola Nacional de Seguros, é o profissional autônomo ou assalariado, especializado na angariação de adesões de componentes às apólices de seguros de vida em grupo e/ou acidentes pessoais coletivos”.

Já o vocábulo “agenciamento”, na mesma fonte, é o “trabalho de convencimento feito junto a pessoas seguráveis a fim de que firmem a adesão, por meio de cartão proposta, ao seguro de vida e/ou acidentes pessoas coletivo total ou parcialmente contributários”.

Quanto à história do projeto elaborado na sua administração, Lucio lembra que o CVG-RJ propôs, em março de 2010, a normatização da figura do agenciador de seguros. “Em reunião com a Susep, o diretor de área nos solicitou o ‘de acordo’ dos presidentes da Fenacor e da Fenaprevi, o que foi feito através de carta datada em 10 de março”.

“Posteriormente, a Susep nos informou ser impossível a normatização”, conta Lucio. “Então conversamos com o vice-governador do Rio, Eduardo Pezão, que se prontificou a enviar o projeto de lei ao senador Francisco Dornelles. Aliás, foi entregue em mãos ao senador”.

Para completar, o ex-presidente do CVG-RJ lembra que, nas décadas 70 e 80, o agenciador de seguros ajudava e muito, tanto os corretores, como as seguradoras na prospecção de novos negócios através da venda e preenchimento do cartão proposta, hoje “proposta de adesão”, conforme Circular 302 da Susep.

“Os agenciadores oxigenavam as apólices, ampliando não só a comercialização dos produtos, mas também reduzindo a idade média com a entrada de novos integrantes. O mercado de seguros de pessoas, através das pequenas e médias seguradoras, se ressente da falta de distribuição de seus produtos, já que contam somente com o apoio dos corretores que, por sua vez, não possuem profissionais para distribuir seus produtos”, explica.

Lucio ainda relata que fez uma palestra em Porto Alegre, a convite do CVG-RS, que apoiava a idéia, juntamente com o presidente do CVG-SP, Osmar Bertacini. “O colega Bertacini, por exemplo, já foi agenciador nos primórdios de sua carreira. Além disso, recebi vários e-mails de corretores, parabenizando pela iniciativa, depois que o CQCS publicou o projeto”, conclui.

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