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Brasil teve quase 13 mil roubos de carga em 2010

Fonte: Portal Transporta Brasil

O roubo de cargas em todo o Brasil somou 12.850 casos no ano de 2010. O número nacional, fornecido pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, reflete um cenário de insegurança nas rodovias e ruas do País.

De acordo com a Associação, os crimes contra as cargas somaram um prejuízo de R$ 880 milhões durante o ano passado, número que pode ser ainda maior, pois o levantamento da entidade tem base em dados oficiais e não oficiais, incluindo estimativas de alguns estados. “Isso acontece porque, em todo o Brasil, somente o Estado de São Paulo fornece dados oficiais sobre o roubo de cargas. Nossa totalização tem por base um levantamento da entidade, junto a seguradoras, gerenciadores de risco e órgãos policiais”, explica o Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor da entidade.

A região Sudeste é a campeã em roubos de carga, com 79,94% das ocorrências nacionais, seguida pela região Sul, com 8,63%. O Nordeste teve 7,21% das ocorrências em 2010, o Centro-Oeste 2,19% e o Norte, 2,03%.

De acordo com o Cel. Souza, há uma tendência de crescimento das ocorrências no Nordeste, principalmente ao logo de rodovias federais, como a BR-101. No Centro-Oeste, o problema está concentrado no roubo dos veículos na região de fronteira e na fuga para a Bolívia.

Para Roberto Mira, diretor da entidade e coordenador Nacional da Comissão, a solução passa pela regulamentação da Lei Complementar nº 121, de autoria do deputado Mário Negromonte, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas. “Com esta lei e o aumento do apenamento para os receptadores de cargas roubadas, que são os grandes causadores do roubo no Brasil, teremos meios de combater o crime com mais energia e eficiência. Outro ponto crucial é a regulamentação dos desmanches”, comenta Mira.

A Lei Negromonte, como ficou conhecida no setor, foi aprovada em 2006 e sofreu vetos do Poder Executivo que acabaram com pontos importantes, como a criação de um fundo para financiar o combate ao roubo de cargas, que seria alimentado pelos bens perdidos por suspeitos de receptação e participação nos crimes.

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