Breaking News

Cai propensão à fraude contra seguro, diz estudo

Fonte: O Globo

Percentual de entrevistados que achava fácil fraudar apólices recuou de 37% para 25%

O índice geral de propensão à fraude contra seguros no Brasil caiu de 41% para 24% nos últimos seis anos. A queda foi mapeada em uma pesquisa nacional encomendada pela CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) e divulgada ontem no Seminário de Prevenção e Combate à Fraude contra o Seguro no Brasil.

- Fizemos a pesquisa em dois momentos: 2004 e 2010. A proposta do seminário é produzir uma ampla discussão, com representantes dos mercados segurador e financeiro, sociedade civil e academia para analisar esses dados - diz Julio Avellar, superintendente-geral da Central de Serviços e Proteção ao Seguro da CNseg.

Processos mais sofisticados de identificação de fraudes

Pelo levantamento encomendado ao Ibope, o item "não fraudaria o seguro de forma alguma" subiu de 55% em 2004 para 73% em 2010. Já o percentual de entrevistados que considerava fácil fraudar o seguro caiu de 37%, em 2004, para 25%, em 2010. O levantamento quantitativo foi feito entre 7 e 23 de dezembro de 2010, com 2004 entrevistas.

Na parte qualitativa, os segurados entendem que deve ter ocorrido um aumento das fraudes em seguros nos últimos anos. Apesar disso, há a percepção de que as empresas do setor utilizam processos e instrumentos mais sofisticados para a detecção e combate à fraude nos seguros. A pesquisa qualitativa foi aplicada com 12 grupos de discussão, entre 22 e 29 de novembro de 2010, em Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Goiânia e Porto Alegre.

- A pesquisa chegou a algumas conclusões: há desconhecimento em relação às punições; a facilidade e a impunidade são fatores de motivação; quatro em cada dez segurados se mostraram propensos à fraude, sobretudo os mais jovens - resumiu o superintendente da CNseg.

Para Avellar, compartilhar informações e dados é estratégico para o setor de seguros, uma vez que sustentam políticas de regulação e liquidação de sinistros, de avaliação de riscos, de precificação e combate à fraude.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario