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Captação líquida da Brasilprev cresce 48% no primeiro semestre

Fonte: Valor Econômico

O cenário de turbulência no mercado internacional não tem impactado, pelo menos por enquanto, o crescimento dos fundos de previdência. A Brasilprev encerrou o primeiro semestre com captação líquida de R$ 4,4 bilhões, aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.

O volume arrecado no período aumentou 52,4%, totalizando R$ 6,1 bilhões, o que coloca a empresa na vice-liderança do mercado de previdência privada aberta, com 25% de fatia de mercado.

Os fundos de renda fixa continuam liderando os novos aportes e responderam por 80% do total captado. Mas os produtos que trabalham com o conceito ciclo de vida são os que têm apresentado maior crescimento, registrando avanço de 57% no período. Nesses planos, a alocação dos recursos entre renda fixa e variável é definida de acordo com o horizonte de investimento do investidor e o prazo em que pretende utilizar os recursos. A captação nos produtos ciclo de vida cresce mais do que nos fundos compostos, afirma Alejandro Elizondo, diretor de planejamento e controle da Brasilprev.

Apesar do fraco desempenho da bolsa neste ano, a Brasilprev não tem registrado migração de recursos significativa de fundos que investem em renda variável para as carteiras de renda fixa. Temos enfatizado a questão de disciplina nas aplicações, incentivando os investidores a terem uma visão de longo prazo, diz Elizondo.

Os planos individuais apresentaram o maior crescimento em reservas, de 46%, acima da média do mercado no período, que foi de 25,5%. A alta ocorreu pelo aumento do emprego e da renda, que permitiram a entrada de novos investidores, principalmente da classe C, em previdência. Já nos planos empresariais, o avanço foi de 21% e de 19% nos fundos voltados para menores de idade, que já representam 11% do total de reservas da Brasilprev.

No total, os ativos sob gestão somaram R$ 43,2 bilhões, volume 40,4% superior ao registrado no primeiro de 2010. Já o lucro líquido avançou 39,3% no período, e somou R$ 192,3 milhões.

Segundo o diretor da Brasilprev, o mercado de previdência aberta tem crescido cerca de 20% ao ano, e deve manter o mesmo ritmo em 2011. O volume de ativos aplicados em fundos de previdência, considerando as entidades abertas e fechadas, representa cerca de 14% do PIB no Brasil ante uma participação de 65% a 70% do PIB nos Estados Unidos e Chile, lembra Elizondo. Por isso, há espaço para manter esse ritmo de crescimento por alguns anos.

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