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Médicos do AM discriminados pelos planos de saúde

Fonte: A Crítica - AM

É grande a diferença de valores de consultas e procedimentos pagos aos profissionais de outros Estados, segundo o Simeam

Os médicos que atuam no Amazonas são discriminados pelos planos de saúde. A conclusão é do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas, Mário Vianna, depois de participar, na semana passada, em Brasília, de várias rodadas de negociações entre representantes de planos, entidades médicas e hospitalares de todo o Brasil, e traçar um comparativo entre os valores de consultas e tabelas de procedimentos pagos aos profissionais dos demais Estados.

Segundo ele, existe um tratamento diferenciado por parte das empresas do segmento de saúde suplementar que se justifica em parte pelo isolacionismo que caracteriza as atividade desenvolvida na região amazônica e pela falta de mobilização dos médicos.

“É com tristeza que vejo que o Amazonas esteja em situação pior do que os demais Estados por culpa de nós mesmos médicos e das entidades, que se isolam do restante do País. Temos feito o que é possível”, explica Vianna.

Ele cita como exemplo o caso de um grupo de saúde, que ocupa a segunda posição no ranking das seguradoras brasileiras, que apesar de assegurar que adota o valor linear para as consultas e tabelas de procedimentos, paga R$ 67 por consultas no Estado do Pará e no Amazonas, informou, durante negociações recentes, ser impossível pagar mais do que R$ 55.

Mário Vianna afirma que um dos fatores que influenciam na falta de mobilização da categoria no Amazonas é o excesso de trabalho. “Temos as cooperativas de serviços médicos contratadas para atuar no serviço público de saúde que são muito fortes, mas que exigem muito dos profissionais.

São raros os médicos hoje que não dão plantões em cooperativas. Todos trabalham muito e o consultório acaba tendo pouca participação na orçamento. Em São Paulo, por exemplo, é diferente. Com, aproximadamente, 102 mil médicos, pelo menos metade se dedica aos consultórios, daí haver um envolvimento maior”, afirmou Vianna.

O presidente do Simeam informou que uma nova paralisação dos médicos está prevista para acontecer no próximo dia 21 de setembro. A data ficou acertada no encontro nacional promovido pela Confederação Nacional dos Médicos, em Brasília, e a orientação é de que os movimentos, em cada Estado, atinjam os planos de saúde que não aceitaram fazer qualquer negociação com a categoria.

“Cada Estado vai ter autonomia de determinar quais os planos que serão atingidos pela paralisação”, esclarece Vianna. Em Manaus, foram iniciadas negociações com os planos Saúde Bradesco, Unimed, Unidas e Sul América.

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