Susep defende autorregulação como instrumento de proteção ao corretor
Fonte: Camila Barreto
A Resolução 233, do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), mais conhecida por disciplinar a criação de entidades autorreguladoras da corretagem de seguros, foi defendida pelo novo superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna.
Segundo ele, é um processo importante para o consumidor, corretores e para a própria autarquia. “O consumidor terá uma proteção maior, por conta de uma ênfase na fiscalização. A exemplo do mercado de capitais, que conta com autorregulação e possui um ambiente tranqüilo e seguro de respeito às normas”, aponta.
De acordo com o superintendente, a Susep necessita de reforço para atender a demanda dos setores que compõem o mercado. Atualmente, são cerca de 115 seguradoras, mais de 80 resseguradoras, entre locais e admitidas e eventuais, além de 30 entidades de previdência e 20 de capitalização.
Ele lembra ainda que existem mais de 60 mil corretores operando no país. “A Susep tem apenas 430 servidores. Com esse quantitativo, não é possível fazer frente de forma ideal a todos os segmentos”, acrescenta Santanna.
Nesse contexto, Luciano Portal Santanna acredita que o modelo pode proteger o corretor, atenuando os casos de concorrência desleal, entre outras práticas que mancham a imagem da categoria.
“Nada mais interessante que o próprio mercado se organizar em autorreguladoras, para que colaborem com a Susep no sentido de fiscalizar, processar e, quando necessário, punir também”.
“Vejo como uma alternativa muito interessante e pretendo estimular a atuação dessas entidades nos diversos segmentos que temos hoje no mercado da corretagem”, conclui o dirigente.
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