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Fatia no PIB pode ir a 7,5% com microsseguro

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Executivo considera uma evolução natural no processo de ascensão social o acesso a proteções securitárias e sugere criação de produtos adequados

O microsseguro será de vital importância para impulsionar a participação do mercado de seguros no Produto Interno Bruto (PIB) dos atuais 3,5% para mais de 7,5% até 2017, segundo avaliação do diretor-executivo da Bradesco Seguros e Previdência, Eugênio Velasques, que crê na aprovação do projeto de lei que dispõe sobre o produto, em tramitação no Congresso Nacional, o que o levou a prever que as primeiras coberturas estarão à venda até o segundo semestre do ano que vem.

"Muitas seguradoras já estão prontas. Bastam três meses após o anúncio da regulamentação para começarmos a oferecer produtos aos consumidores", sustentou o executivo, ao participar semana passada de encontro com jornalistas promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), em São Paulo.

Segundo ele, que também preside a Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da confederação, ter seguros é uma evolução natural no processo de ascensão social. Mas o executivo advertiu que o mercado precisa ter agilidade no atendimento e oferecer os produtos adequados aos novos consumidores. "Em 1994, 40% da população brasileira não compravam seguro, pois achavam que não era necessário.

Em 2005, esse percentual já havia caído para menos de 5%. No mesmo período, o percentual de pessoas que achavam o seguro caro baixou de 36% para 24%", revelou.

POTENCIAL. Eugênio Velasques acredita que o microsseguro poderá inserir no mercado segurador algo em torno de 100 milhões de pessoas nas próximas duas décadas. Admitiu, contudo, que é preciso mudar práticas e conceitos, além da linguagem adotada pelo sistema.

"Acho, por exemplo, que proteção é um termo muito mais adequado do que seguro", argumentou, observando que o aumento da renda média da população, que permitiu a milhões de famílias subirem um degrau na escala social, trouxe novas necessidades para essas pessoas, principalmente de proteção. "É importante realizar pesquisas, muitas pesquisas, para conhecermos o que essas pessoas pensam e necessitam", disse.

Para chegar ao consumidor, segundo ele, há uma escala natural de produtos e serviços demandados que começa pelos planos de acidentes pessoais e de proteção financeira, passa pela assistência funeral e seguros de vida e chega às coberturas para residências, automóveis, saúde e rural. "Os produtos devem ser desenhados pelo público e não mais por seguradores ou corretores.

O desafio é o preço. Além disso, o produto (microsseguro) deve estar disponível em locais próximos da moradia do público-alvo", prescreveu Eugênio Velasques.

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