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Opentech busca parceria com grandes seguradoras de cargas

Fonte: Brasil Econômico

Em nova fase, companhia de gestão logística se reestrutura para voltar com força ao mercado de São Paulo

Dubes Sônego

A companhia de sistemas de gestão logística e de risco Opentech está se aproximando de grandes seguradoras como Rodobens, Porto Seguro e Allianz, para reforçar sua atuação no mercado de transporte de cargas, segmento no qual concorre com empresas como Pamcary, Buonny, Apisul e Brasil Risk.

A perda do principal revendedor no mercado paulista, no início do ano passado, foi um evento traumático para a Opentech, sediada em Joinville (SC). Com a queda brusca na receita, dos cerca de 70 funcionários que mantinha dedicados aos negócios no estado, restaram seis.

O episódio, porém, serviu de estopim para uma reformulação na estratégia da empresa que, segundo William Lanfranchi, diretor comercial da Opentech, começa a dar os primeiros resultados.

"Fechamos o primeiro grande contrato da retomada em outubro passado. Em maio e junho deste ano, batemos recordes de faturamento", afirma.

A estratégia em questão é baseada em três pilares: ampliação do portfólio de serviços; renovação do escritório paulista, agora com marca própria; e o estreitamento dos contatos com seguradoras e corretoras de seguros especializadas no segmento de transporte de cargas.

Segundo o executivo, ganhar a confiança das cerca de dez seguradoras e 60 corretoras que dominam 90% do segmento de seguros de carga no país é importante porque elas só cobrem veículos rastreados por companhias que conhecem e nas quais confiam. O trabalho de aproximação é baseado principalmente em visitas constantes para a apresentação dos planos e do modo de operação da empresa.

"Nossa atuação comercial não era muito estruturada. Visitávamos pouco as corretoras e seguradoras", diz Lanfranchi, escolhido para o cargo em função do histórico no mercado de corretoras de seguros, nas cidades de São Paulo e de Curitiba.

Outra pernada estratégia de expansão é o reforço do escritório em São Paulo, que hoje conta com 15 funcionários, mas deve crescer rapidamente até 2012, quando o número de funcionários total da empresa deverá chegar a 400. "Só neste mês, estamos contratando 50 pessoas e alugando um novo escritório em Barueri", afirma o executivo. O número representa aproximadamente um sexto do total de funcionários que a Opentech tem hoje, 290.

Novos nichos No que diz respeito à diversificação do portfólio, Lanfranchi afirma que um dos passos recentes mais importantes foi a assinatura de contrato de parceria com a brasileira Totvs, uma das maiores fabricantes de softwares de gestão do mundo.

Segundo o executivo, a Opentech será responsável por desenvolver programas que permitam que empresas clientes da Totvs que atuam em segmentos diferentes de mercado, mas tenham relações comerciais, possam integrar seus sistemas logísticos e manter o controle sobre todo o processo de transporte.

Hoje, o carro-chefe da empresa é um sistema que reúne em uma só tela de computador informações de rastreadores de diversos fornecedores do serviços de segurança, e agrega a elas outras que facilitam a gestão logística, como o número de caminhões disponíveis em determinada região, ou se chegou a hora de alguma revisão de rotina.

Depois de faturar R$ 19 milhões no ano passado, a Opentech tem a meta de chegar a R$ 25 milhões neste ano e superar R$ 55 milhões, em 2012.

Dinheiro para sustentar os planos, Lanfranchi diz que não é problema. Os outros cinco sócios da companhia têm negócios paralelos e veem a empresa como um investimento de longo prazo, afirma.

NOVOS NEGÓCIOS

Nova lei abre possibilidade de atuação no varejo

A Opentech também está se preparando para atuar no segmento de veículos leves, assim que entrar em funcionamento a lei que vai obrigar todos os carros produzidos no Brasil a terem um rastreador vindo de fábrica - a perspectiva é de que entre em vigor em 2012, apesar de já ter sido adiada mais de uma vez.

Segundo William Lanfranchi, diretor comercial da empresa, três segmentos de mercado deverão ser beneficiados com a mudança: fornecedores de rastreadores; operadoras de celular, que processarão o sinal dos aparelhos habilitados, e empresas gerenciadoras do sinal, mercado no qual a Opentech pretende atuar.

"Queremos entrar. Nos permitiria oferecer uma série de outros serviços, como aviso de que está na hora de fazer a revisão do veículo e trocar o óleo", afirma Lanfranchi.

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