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Riscos declinados não estimulam seguros piratas

Fonte: CQCS | Pedro Duarte

O debate sobre os riscos declinados continua gerando manifestações de corretores preocupados com o futuro do setor. Grande parte dos depoimentos sustenta que as associações e cooperativas de seguros piratas são as maiores beneficiadas, por aceitarem riscos recusados pelas seguradoras.

Na contramão do discurso dominante, o corretor Denis Bizantino, da Segna Consultoria (Rio de Janeiro/RJ) concorda que a lacuna deixada pelas companhias de seguros, no que diz respeito à aceitação de risco, é o que incentiva a busca por alternativas. “Mas pergunto por que só existem cooperativas para proteção a automóveis”.

“E por que elas tem que desobedecer a lei?”, continua. “O mercado é aberto e se baseia na livre concorrência, mas há que se satisfazer a uma série de pré-requisitos e autorizações, como abertura de firma para este fim, carta patente e comprovação de reserva financeira”, reforça Denis.

Ele lembra que, nos últimos anos, existe uma “avalanche de empresas de seguro” vindas de todas as partes do mundo e outras aumentando sua participação no mercado nacional. “Sinceramente, não me lembro de ver corretores ou seguradoras fazendo qualquer movimento para impedir a entrada no mercado desses players”, enfatiza.

“A verdade é: se você está legalizado e cumpre suas obrigações, pode até não ser muito bem vindo, mas não há nada que se possa fazer, afinal para estes o mercado é bastante aberto e livre. Deixo uma pergunta: Se as seguradoras são muito mais fechadas para riscos industriais e comerciais (fábrica de pneus, papel, indústria de tintas, loja ou fábrica de colchões, bancas de jornal, etc.) do que para automóveis, porque só existem cooperativas de proteção automotiva?”, indaga.

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