Breaking News

Swiss Re faz parcerias para melhorar situação de países em dificuldades

Fonte: Monitor Mercantil

Seguro contra cólera e para agricultor carente

Garantia de indenização em "tempo real" aos afetados pela doença no Haiti

A Swiss Re está envolvida em duas parcerias que visam a melhorar a situação em dois países que enfrentam dificuldades: Haiti e Senegal. No primeiro caso, o projeto é um seguro contra a cólera, a MiCRO; já o país africano ganhará um seguro trabalhista para dar suporte a milhares de agricultores carentes, a R4.

"É com orgulho que contribuímos com nosso conhecimento da área de seguros para parcerias fortes, como a R4 e a MiCRO, que visam permitir que os mais vulneráveis se recuperam com maior rapidez após a ocorrência de desastres", afirma o presidente de Parcerias Globais da Swiss Re, Michel Liès.

"É importante para a Swiss Re que as parcerias das quais participamos contem com parceiros de credibilidade, que incorporem uma perspectiva de longo prazo com possibilidade de ampliação e transferência, beneficiando assim mais pessoas ao longo do tempo, e em mais regiões" concluiu o executivo.

Contra a cólera

Para desenvolver e realizar um novo esquema de seguro contra a cólera no Haiti, que garanta a indenização em "tempo real" (uma vez que um conjunto de critérios pré-definido seja preenchido), três organizações se uniram: a Fonkoze, maior instituição de microfinanciamento do Haiti, com atuação em todas as áreas do país; a Mercy Corps, uma das maiores organizações não governamentais do mundo; e a Swiss Re.

Os três são parceiros na Organização de Microsseguros contra Risco de Catástrofes (MiCRO), plataforma de microsseguro e resseguro instituída em Barbados, neste ano. Incluem-se no projeto hospitalizações relacionadas à cólera e fatores climáticos observáveis ligados a surtos da doença.

A iniciativa foi tomada meses após chuvas torrenciais terem afetado o Haiti no início desse ano, o que agravou a epidemia de cólera no país, que já havia sido declarada no final de outubro de 2010, afetando cerca de 400 mil pessoas e matando mais de 6 mil.

A MiCRO oferece um tipo de cobertura que emprega índice específico para refletir com precisão as situações locais, e é particularmente eficiente, pois pode proporcionar fundos mesmo enquanto os titulares de apólices aguardam exames médicos ou outras avaliações. A previsão é que o esquema passe a oferecer coberturas contra a cólera para as tomadoras de Fonkoze (que atualmente chegam a 50.000) e suas famílias, e que esteja plenamente implementado até 2013.

Desde seu lançamento, a MiCRO demonstrou efetivamente como o seguro pode ajudar os tomadores de microfinanciamento a se recompor com rapidez após desastres, como foi o caso das chuvas torrenciais de maio passado.

Em outros países

O sistema é calcado nos esforços de prevenção e mitigação de sucesso comprovado em outros países, ao mesmo tempo em que reconhece que o acesso a capital de curto prazo também é necessário para manter vidas e negócios em tempos de necessidade.

Liès explica que o seguro contra cólera se basearia no produto existente da MiCRO no Haiti, uma cobertura de microsseguro contra catástrofes naturais lançada no início de 2011, que oferece proteção para as clientes da Fonkoze contra a perda de meios de subsistência causada por terremotos, inundações e furacões.

"Cerca de 4 mil mulheres que perderam suas casas ou bens de negócios nas enchentes ocorridas no início deste ano já receberam indenizações no valor de US$ 1 milhão. Esperamos que essa apólice contra a cólera seja igualmente eficaz para garantir que a infecção de um provedor de renda não acarrete dificuldades para a família inteira", afirmou Liès. "Prevemos, também, que o índice que criamos para a MiCRO possa ser aplicado a outras doenças infecciosas em outras partes do mundo", concluiu.

Seguro trabalhista

A Swiss Re também está trabalhando com a Oxfam America (OA), o Programa Mundial das Nações Unidas para a Alimentação (WFP) e seu patrocinador, o United States Agency for International Development (USAID) para levar ao Senegal o R4, programa de seguro trabalhista que dará a dezenas de milhares de pequenos agricultores carentes do país recursos para manter seus meios de subsistência apesar do possível impacto da mudança do clima na produtividade da lavoura.

O R4 é uma extensão de um projeto-piloto de sucesso na Etiópia, da Swiss, Oxfam America e outros parceiros, que será expandido para outros países futuramente.

A Swiss Re irá capitanear a criação e implementação de soluções de transferência de risco que permitam a esses agricultores gerenciar sua vulnerabilidade às mudanças do clima, e contribuirá com US$ 1,25 milhão ao longo de cinco anos para a implementação e expansão da iniciativa. Para alcançar as metas do projeto R4, a OA e o WFP planejam angariar US$ 28,5 milhões junto a doadores, fundações independentes e patrocinadores do setor privado.

Atualmente, o esquema traz os benefícios do seguro para 13 mil famílias africanas (na época de seu lançamento, em 2009, eram apenas 200 famílias beneficiadas). Os planos visam acrescentar mais 18 mil beneficiados até 2016, apenas no Senegal, sendo que, desses, prevê-se que 15 mil paguem pelo seguro com trabalho e 3 mil paguem em dinheiro.

Acessibilidade

O projeto R4 torna o seguro acessível mesmo para os membros mais carentes de uma comunidade por oferecer a opção de pagar pelos prêmios com trabalho. Esse programa inovador de seguro pago com trabalho irá envolver os agricultores em projetos locais de irrigação e silvicultura com o intuito de reduzir o impacto da mudança do clima em suas aldeias.

"O seguro é uma das pedras angulares do crescimento e estabilidade econômica, e a Swiss Re tem o orgulho de contribuir com nosso conhecimento para que mesmo os agricultores mais carentes e suas famílias possam sobreviver quando suas culturas forem arruinadas por secas, enchentes ou outros impactos climáticos. Demonstramos que até os agricultores desprovidos de renda podem construir um futuro melhor por meio da troca de trabalho por seguro, de formas que também contribuam para fortalecer suas comunidades", comentou Liès.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario