Anatel publica autorizações das primeiras MVNOs

Fonte: Telesintese

Para liberar a documentação, Porto Seguro e Datora apresentaram à agência contratos com a operadora de origem, a TIM.

A Anatel publicou, nesta quinta-feira (27), as autorizações para que a Porto Seguro Telecom e a Datora (Sermatel) atuem com as primeiras operadoras virtuais de telefonia móvel. A autorização inicial foi aprovada em agosto e, nesta segunda etapa, resultou da análise dos contratos das empresas com a operadora de origem, a TIM, que fornecerá a rede.

A data de início das operações das MVNOs, porém, não foi divulgada. As empresas afirmam que os planos de negócios já foram estruturados e estão em execução, mas preferem informar depois, alegando a preservação estratégica dos negócios.

A Porto Seguro Telecomunicações afirma que pretende agregar valor a seus clientes e corretores de seguros com o negócio, oferecendo serviços de telefonia móvel de qualidade, a preços justos e com serviços diferenciados e sinérgicos aos demais produtos e serviços da empresa, aumentando assim a fidelização de seus clientes à marca. Além da forte presença no segmento de seguro de automóveis – é a líder em São Paulo com 32,4% de participação e também no Brasil, com 20% -, a Porto Seguro tem a mais diversificada linha de produtos do mercado, oferecendo também consórcio de imóveis, auto e equipamentos, financiamento, investimento, cartão de crédito e serviços de proteção e monitoramento.

Já a Datora pretende atuar como a primeira MVNA (Mobile Virtual Network Aggregator) do mercado brasileiro, com a capacidade estruturar e gerir a operação de outras MVNOs. Empresas de varejo, mercado financeiro, mídia e seguradoras são candidatas naturais para esse novo negócio, prevê a empresa brasileira, com sede em São Paulo e operações nos EUA, Portugal, Espanha e Guatemala.

Além da parceria com a TIM, as empresas escolheram a Ericsson para fornecer serviços gerenciados, além de todos os softwares, hardwares, instalação e integração dos serviços da operadora virtual móvel.

Antes de entrar em operação, as MVNO’s ainda dependem da assinatura termo e do pagamento do Preço Público pelo Direito de Exploração de Serviços de Telecomunicações e Pelo Direito de Exploração de Satélite (PPDESS), no valor de R$ 9 mil. Terão ainda que solicitar à Anatel recursos de numeração e a homologação dos planos de serviço. As autorizações dadas às empresas valem para todo o país e são por prazo indeterminado.