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Centro de resseguro no Rio

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Cadeia produtiva - Polo prevê a concessão de benefícios fiscais do município e do governo do estado e vai instalar-se na área do porto maravilha, com apoio de várias entidades do setor

As lideranças do mercado de resseguros brasileiro querem transformar o Rio de Janeiro em Centro Nacional de Resseguros, projeto defendido na Carta de Resseguros do Rio de Janeiro, documento de intenções divulgado nesta quinta-feira durante o 1° Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro. "A proposta é transformar a cidade em um polo de negócios de resseguros e atrair as grandes resseguradoras que ainda não têm base no estado", disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Resseguros (Aber), Paulo Pereira.

Presente ao encontro, a secretária municipal de Fazenda, Eduarda La Rocque, reiterou apoio à proposta. O momento, segunda ela, é de aprovar o projeto de lei que reduz de 5% para 2% a alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) incidente sobre a atividade de resseguros, em tramitação na Câmara de Vereadores desde 2009.

La Rocque destacou que a indústria de seguros e resseguros está entre os segmentos estratégicos para o desenvolvimento do Rio, ao lado do financeiro, energia, teleatendimento e turismo, entre outros.

Diretor-executivo da Rio Negócios, Marcelo Haddad adiantou que existem 20 empresas do setor apalavradas com interesse em se instalar no polo, sendo dez resseguradoras e dez corretoras de resseguros. Atualmente, há 28 resseguradoras em atuação no eixo Rio-São Paulo (dez no Rio e 18 em São Paulo). Do total, oito são empresas locais (sediadas no País) e 20, admitidas, estrangeiras com atuação no mercado através de escritório de representação.

O projeto já conta com o apoio de cerca de 17 empresas do setor, além da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Rio Negócios, da Aber, da Associação Brasileira das Empresas de Corretagem de Resseguros (Abecor-Re) e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).

O Centro Nacional de Resseguros propõe integrar em um único espaço (Porto Maravilha) toda a cadeia do mercado ressegurador (corretores de resseguros, resseguradoras, reguladores de sinistros, peritos, advogados), estimulando o desenvolvimento de novos negócios.

O projeto prevê ainda a concessão de benefícios fiscais do município e do governo do estado, como redução do ISS para a corretagem de resseguro e para os serviços de representação de resseguradores admitidos, sediados no Rio de Janeiro, além dos benefícios previstos no âmbito do Porto Maravilha, como redução de Imposto Predial (IPTU) e de Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), para a atração de empresas que ainda não possuem base no Rio de Janeiro.

O 1° Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro foi promovido pela CNSeg, Aber e AbecorRe. O evento contou com cerca de 250 participantes, entre executivos e profissionais de resseguradoras, seguradoras, corretoras de resseguros e escritórios de advocacia, além de empresários do setor industrial e comercial e de representantes do poder público.

Os desafios e as oportunidades que surgem com os grandes investimentos para obras estruturais no Brasil estiveram no centro dos debates.

No ano passado, o mercado de resseguros brasileiro movimentou R$ 4,7 bilhões em prêmios. A previsão de crescimento para 2011 é de 15%, com faturamento em torno de R$ 5,3 bilhões. No atual cenário de grandes investimentos e oportunidades, a indústria nacional de resseguros projeta crescimento de 50% na receita de prêmios até 2014. "A estimativa é que o mercado de resseguros tenha incremento de cerca de R$ 2 bilhões em prêmios nos próximos três anos", disse Paulo Pereira, presidente da Aber. Isto, segundo ele, se for mantido o ritmo de crescimento de 15% verificado este ano.

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