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Livro propõe seguradoras na intermediação financeira

Fonte: Acontece


A série Cadernos de Seguro – Teses, da Escola Superior Nacional de Seguros, acaba de ganhar mais um título: “Proposta de Modelo de Intermediação Financeira”, de Ricardo Carneiro Gurgel Nogueira. O livro é fruto da dissertação de mestrado em Administração no IBMEC, concluída pelo autor em 2003. No entanto, o tema continua atual, face o momento vivido pela economia global e à exposição do setor bancário europeu e norte-americano, que carecem de uma capitalização de US$ 11 trilhões, segundo estudo da McKinsey.

A obra propõe um modelo de intermediação financeira capaz de agregar agentes mais eficientes ao processo, como alternativa ao modelo tradicional, centrado nos bancos. “No início, procurava um meio de redução dos exagerados spreads do mercado de crédito brasileiro. A solução foi se encaminhando para a sinergia entre setores aparentemente estanques, como seguradoras, bolsas e bancos”, conta o autor, que estimou essa sinergia em cerca de 6% ao ano, a ser redistribuída entre os agentes.

O autor explica que, nesse modelo, o risco passa a ser da seguradora, o ambiente de negociação – onde os doadores e tomadores de recursos se encontrariam – seria em uma bolsa de valores eletrônica, e o documento de suporte a operação seria um contrato de crédito, lastreado na câmara de compensação por seguros de crédito ou garantia, negociado com desconto sobre o valor de face.

“O banco capta à vista e empresta a prazo, destruindo liquidez, criando moeda e participando dos meios de pagamento. Enquanto isso, a seguradora constrói liquidez ao receber antecipadamente os prêmios de potenciais sinistros, além de ter desenvolvido com o resseguro um método próprio extremamente efetivo de mitigação e distribuição de riscos, e isso significa menor risco sistêmico”, adianta as vantagens.

Outros benefícios seriam a maior transparência e eficiência da bolsa como ambiente de negociação, devido à sua escala, e a segregação e visibilidade do custo do risco de inadimplência do tomador, que negociaria o prêmio separadamente com a seguradora, com valores, horizontes e garantias especificados na apólice. O potencial conflito de interesse entre o carregamento do risco de inadimplência e o papel de intermediação financeira dos bancos estaria segregado e mitigado.

“Resumidamente, como esse modelo dá maior liquidez a títulos de crédito, é uma securitização, e um novo mercado, com enorme potencial para as seguradoras que se disponham a explorá-lo. À época, representava um movimento anual superior ao da Bovespa”, avalia Ricardo. O livro pode ser adquirido pelo telefone (21) 3380-1556 ou através do e-mail vendas@funenseg.org.br, por R$ 26,00.

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