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Mercado aposta em ações de seguradoras

Fonte: DCI

São Paulo - Nas próximas semanas, o mercado aguarda a divulgação dos balanços referentes às empresas de seguros de capital aberto: SulAmérica e Porto Seguro. De acordo com especialista, os papéis dessas empresas têm potencial de valorização por conta do aumento da demanda e da tendência de queda da sinistralidade. No entanto, o resultado mais expressivo deve aparecer somente no balanço do quarto trimestre.

Na última sexta-feira, as ações ON da Porto Seguro tiveram alta de 0,95%, com preço de R$ 18,94. Já a SulAmérica fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 14,46. Na semana anterior, 21/10, os papéis da Porto Seguro fecharam em alta de 1,63%, com valor de R$ 18, e a SulAmérica ficou em alta de R$ 1,23, com preço de R$ 13,98.

João Augusto Salles, economista da consultoria de investimentos Lopes Filho, acredita que o momento é favorável para compra. "Mas a minha aposta é na Porto Seguro." Segundo Salles, o setor de seguros de veículos, principal nicho de atuação da companhia, sofreu no primeiro semestre com os elevados índices de sinistralidade de cerca de 50%. "Houve aumento da disputa de preços no mercado, e, quando o preço cai, a receita diminui. Mas há perspectiva de melhora no segundo semestre, com retomada dos preços. .

O economista também ressalta a força da companhia pela associação com o Itaú Unibanco. Realizada em 2009, o Itaú transferiu os ativos e passivos da carteira residencial e de automóveis para a companhia Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência, com patrimônio líquido de R$ 950 milhões transferido para a Porto Seguro. Em contrapartida, o banco recebeu 30% de novas ações emitidas .

"O mercado respondeu bem e vimos o resultado em 2010, quando as ações valorizaram 42,6% até o final do ano, a R$ 28. Já em 2011 observamos uma desvalorização de 32,4% [até 27 de outubro]", revela Salles, ressaltando que o momento é favorável para compra, já que os papéis devem retomar a valorização no quarto trimestre. "O realinhamento de preços em veículos é mais fácil, pois depende somente de oferta e demanda. Além disso, a compra de carros se aquece no final do ano."

No caso da SulAmérica, o economista da Lopes Filho revela que a valorização em 2010 chegou a 25,6%; até outubro de 2011, porém, a desvalorização chega a 26,2%. "A área de saúde, principal foco de atuação da SulAmérica, sofreu muito no início do ano com a inflação média no custo médico, o que afeta a sinistralidade." João Augusto Salles explica que a recuperação da receita deve ocorrer no final do ano com o reajuste anual dos planos médicos, mas não na mesma velocidade que automóveis, pois depende de outros fatores, como a Agência Nacional de Saúde (ANS).

Investimentos

Apesar da perspectiva positiva, Salles aponta o impacto negativo da queda da taxa básica de juros (Selic), em 11,50% ao ano . "A rentabilidade é obtida com a aplicação dos recursos. Com a Selic para baixo, provavelmente os ganhos serão menores."

Entretanto, conforme antecipado pelo DCI em 24 de outubro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, em reunião do dia 27 de outubro, que seguradoras, resseguradoras, entidades de capitalização e previdência complementar aberta poderão investir até 80% da reserva técnica em Letras Financeiras, que são títulos privados emitidos pelas instituições financeiras, com prazo mínimo de dois anos.

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