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Por que fazer um plano de previdência para o seu filho?

Fonte: O Estado do Maranhão

Osvaldo Nascimento
Diretor executivo de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco

Com a proximidade do Dia das Crianças é fácil imaginar que os pais recorram a uma loja de brinquedos para encontrar o melhor presente para o filho. Entre bonecas e carrinhos, poucos se lembram, no entanto, de presenteá-lo com algo mais perene, que remete ao futuro dessa criança. Os filhos crescem rápido, sabemos disso, e adiar os planos de investimento do menor pode significar comprometer a faculdade tão desejada ou uma viagem inesquecível ao exterior.

Existem alguns produtos disponíveis no mercado financeiro que estimulam a formação de poupança de longo prazo, como imóveis e fundos de investimentos em geral. Mas, atualmente, é o plano de previdência para criança o único produto financeiro dirigido a esse público e, portanto, a maneira mais eficaz de os pais investirem de olho nos próximos anos. Num cenário econômico como o atual, de juros em queda e inflação sob controle, o planejamento de longo prazo torna-se mais necessário do que nunca. Um planejamento como esse exige, naturalmente, disciplina e vantagens que favoreçam vislumbrar o longuíssimo prazo ou qualquer data acima de cinco anos.

Se o seu filho acabou de nascer ou tem 4, 7, 10 anos, não importa. Vale pensar que o quanto antes os pais começam a aportar recursos num plano de previdência para seus filhos, menos esforço esses pais farão para alcançar o dinheiro almejado. O maior patrimônio, portanto, é o número de anos que o seu filho tem pela frente. A previdência, e isso vale para todos os tipos de planos, deve ser vista apenas como uma forma de complementar a renda no futuro, não é um plano para se aposentar. No caso dos filhos, além do mais, ela ajuda a alcançar mais rapidamente o sonho, independentemente do tamanho.

Ao optar por presentear o filho com um plano de previdência nesse Dia das Crianças, os pais devem ter disciplina para fazer aportes com regularidade e também em ocasiões especiais, como ao receber bônus ou gratificações. Pode ainda comunicar a família do plano para a criança e sugerir que substituam os vários presentes ao longo do ano por contribuições para engordar a poupança do pequeno. A iniciativa costuma sensibilizar a família e torna mais real a ajuda para o futuro da criança.

Para os pais, o benefício de fazer um plano como esse para o filho, além, é claro, de proporcionar segurança em relação ao futuro do menor, é a vantagem tributária. O benefício fiscal ocorre quando os pais adquirem um plano de previdência do tipo PGBL. Nesse caso, é possível deduzir o valor das contribuições da base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de até 12% da renda bruta anual.

Assim, é possível reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar a restituição de IR. Vamos imaginar que o rendimento bruto anual seja de R$ 100 mil. Com o PGBL, os pais poderão declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL, só será pago no resgate desse dinheiro. Esse benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do IR pelo formulário completo e são tributados na fonte. Para quem faz a declaração simplificada ou não é tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é o plano mais indicado.

Outro momento de vantagem do plano de previdência é no período de acúmulo. Nessa fase, os juros compostos que incidem sobre o patrimônio ajudam o montante a crescer em ritmo acelerado, já que não há tributação nesse momento de aportes. Os planos de previdência permitem ainda que os pais revejam a estratégia no meio do caminho. Ou seja, é possível mudar de plano ou de banco a qualquer momento e quantas vezes for necessário, movimentação conhecida como portabilidade.

Além disso, os planos têm alguns princípios que podem trazer conforto aos pais quando pensam num investimento de longuíssimo prazo. O principal deles é a segregação de recursos, em que o dinheiro do investidor não se mistura com o patrimônio da seguradora e do banco. A propósito, a tradição desse mercado, que cresce a um ritmo de 25% ao ano há 15 anos, também conta.

É importante ressaltar ainda que um plano de previdência investe em fundos de investimentos e que, portanto, é necessário escolher com atenção o risco que se deseja tomar. Quanto mais jovem for o investidor maior são as opções para começar a investir em planos compostos por ações. Para os menores, de fato, começar com aplicações em renda variável e diminuir a dosagem de risco à medida que se aproxima o momento do saque é o mais recomendável.

Sobre o resgate, é bom lembrar, pode ser feito a qualquer momento, integral ou em parcelas mensais, e não há aplicação mínima, o que facilita o investimento. Por tudo isso, é dentro do banco, junto com o consultor financeiro, que os pais poderão tomar a melhor decisão de presente para o seu filho neste mês das Crianças.

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