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Seguros: Expansão do setor deve atingir R$ 200 bilhões neste ano

Fonte: O Estado - CE

De acordo com dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), as seguradoras do Brasil faturaram R$ 50 bilhões no primeiro semestre de 2011, ou seja, um crescimento de 20,6% sobre igual período de 2010, com destaque para os planos de saúde, que movimentaram R$ 38 milhões. Esses resultados apontam o otimismo do setor de seguros no Brasil.

Ainda segundo a Susep, os sinistros dos primeiros seis meses do ano - entre indenizações, resgates e benefícios - ficaram em torno de R$ 72,7 milhões por dia, incluindo fim de semana e feriados. Em outros termos, o mercado devolveu R$ 3 milhões a cada hora para os segurados, apresentando redução da taxa média de 51% para 46% em relação a 2010.

EXIGÊNCIAS DO MERCADO

Para a diretora da empresa de consultoria e assessoria em seguros Life Insurance, Luciana Santana, esse crescimento observado é evidente em todas as áreas. "O seguro hoje é uma exigência do mercado, a garantia que empresas e consumidores procuram. A Petrobras, por exemplo, tem uma exigência de seguros como garantias contratuais para profissionais colaboradores e terceirizados", aponta a diretora.

Segundo ela, o profissional de seguros precisa demonstrar o conhecimento da matéria. "Os clientes estão conhecendo mais o mercado. Eles estão sabendo mais sobre instruções normativas, alterações. Isso faz com que o mercado realize muitos encontros e congressos, estimulando a qualificação dos profissionais", analisa. "Infelizmente, esse é um setor que tem falsos profissionais. O consumidor, embora tenha hoje mais recursos de pesquisa e informação, ainda está à mercê de muitos falsos corretores", destaca Luciana Santana.

Quanto à qualificação dos profissionais, Santana informa que existem no País cursos técnicos e superiores, com duração de até dois anos. "A Funenseg (Escola Nacional de Seguros), atuante em todo o País, especializa profissionais por segmento, a exemplo dos seguros ligados à vida ou previdência. Então há cursos específicos de seis e até de dois meses".

INFLUÊNCIA DA COPA E DAS OLIMPÍADAS

A corrida para a Copa de 2014 também acontece no mercado de seguros. "Vamos imaginar quantos segmentos estão ligados ao evento, como trânsito, infraestrutura, turismo viagem, transporte, médico, náutico e tudo que se pode imaginar. Nas diversas áreas, existem profissionais que atuam, mas devem se especializar até a Copa, já que há demanda e tempo para a capacitação. Eventos indiretos à Copa já estão acontecendo aos montes", observa a diretora da Life Insurance.

PROJEÇÃO

A expectativa é que os seguintes setores do mercado de seguros se destaquem até a Copa: risco de engenharia, obras, petróleo e gás, construção civil, saúde, vida e automóvel. "Em alguns casos, o crescimento poderá chegar a 200%", adianta Santana. Só os seguros de automóvel devem crescer em torno de 6% em 2011, segundo prevê a Fenaseg (Federação Nacional de Seguros Gerais).

Para o diretor financeiro da Marítima Seguros, Milton Bellizia, "o mercado de seguros brasileiro é um dos mais promissores do mundo em termos de crescimento e potencial de rentabilidade. A Marítima vai continuar investindo na melhoria de processos, aumento de abrangência e eficiência a fim de garantir resultados financeiros expressivos, aliados à melhor oferta de seguros", diz. A empresa apresentou crescimento em 2010, com destaque para Ramos Elementares, que registrou um crescimento de 39,2%; seguida de Pessoas, com 29,1%, e Automóvel (6,6%). No primeiro semestre o faturamento líquido atingiu 517,5% (R$ 24,7 milhões) e as expectativas são de fechar o ano com aumento de cerca de 10% nas operações.

Em 2010, o setor registrou uma movimentação de aproximadamente R$ 179,3 bilhões, o que representa um crescimento de 12,78% em relação a 2009, segundo a Susep. Para 2011, a projeção de faturamento das seguradoras é de R$ 200 bilhões.

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