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Mercado comemora ano positivo de seguros gerais

Fonte: Viver Seguro

O ano de 2011 foi marcado por grandes mudanças no mercado de seguros de danos, tendo em vista o crescimento expressivo dos ramos habitacional, de transportes e, principalmente, de garantia e de responsabilidades. A afirmação foi feita por Neival Freitas, diretor da FenSeg, em entrevista para o portal Viver Seguro. Leia, abaixo, na íntegra, a reportagem.

Qual o balanço da FenSeg sobre o ano de 2011?

O ano de 2011 foi marcado por grandes mudanças no mercado de seguros de danos, tendo em vista o crescimento expressivo dos ramos habitacional, de transportes e, principalmente, de garantia e de responsabilidades. Este crescimento decorre da ampliação da oferta de crédito para o setor imobiliário, das obras de infraestrutura em curso no Brasil e do incremento das operações de comércio externo do País.

Quais foram os principais desafios e conquistas do segmento de seguros gerais em 2011?

Este ano, tivemos desafios em todos os ramos, mas destacamos o seguro habitacional e o seguro rural. As seguradoras que operam em seguro rural tiveram grandes dificuldades de receber do Governo Federal as parcelas de subvenção ao prêmio de seguro que foram aprovadas pelo Ministério da Agricultura em 2010 e cujo pagamento somente foi liberado pelo Ministério da Fazenda em junho deste ano. Em relação ao Seguro Habitacional, permanece pendente o ressarcimento às seguradoras pelos desembolsos anteriores efetuados com custas, honorários advocatícios e indenizações decorrentes de sentenças judiciais. A FenSeg continua a negociação com a Caixa Econômica Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional com vista ao recebimento desses valores.

E o seguro automóvel, como foi o desempenho?

O seguro de automóvel, principal ramo do seguro de danos, correspondendo a 50% dos prêmios arrecadados, foi o que enfrentou maiores dificuldades em 2011. Além da falta de peças e seu consequente encarecimento, a elevação dos custos de mão de obra e as medidas restritivas de crédito afetaram o crescimento da carteira. Além disso, o setor enfrenta a concorrência das associações e cooperativas, que operam irregularmente com proteção veicular.

Qual será o impacto da atual crise financeira na Europa nas empresas do segmento?

Os economistas têm se manifestado de forma otimista em relação ao impacto da crise no mercado de seguros. Em recentes palestras, como o Congresso Brasileiro de Corretores de Seguros, o consenso é de que o setor não será afetado, ao contrário do mercado segurador mundial, onde o prognóstico é muito negativo, tendo em vista o agravamento da crise da zona do euro com previsão de perdas financeiras elevadas.

Quais as carteiras com melhores perspectivas de crescimento em 2012?

Para o próximo ano, a perspectiva é de continuidade do crescimento do segmento de danos, com uma taxa em torno de 15%, semelhante à de 2011. As causas desse crescimento são a boa fase da economia brasileira, cuja taxa esperada de crescimento do PIB real é em torno de 3,6%, a inflação de 6,5%, acréscimo dos investimentos públicos e privados e a continuação da melhora de distribuição da renda. Além das obras que estão sendo efetuados pelo governo, tendo em vista a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

E o microsseguro?

A possibilidade de início das operações do microsseguro, em vista da recente regulamentação do segmento, pode vir gerar oportunidades de negócios diante da reconhecida ascensão das classes consumidoras, com o comprovado aumento do poder de compra das classes D e E.

Quais as principais metas da Federação para o desenvolvimento do segmento em 2012?

Além da conclusão dos projetos iniciados em 2011, a FenSeg pretende ampliar a divulgação dos ramos menos conhecidos e desenvolver programas de treinamento, tanto para os profissionais das empresas seguradoras como para os corretores de seguros com vistas a qualificá-los adequadamente para atender ao crescimento esperado para o mercado. Este programa deverá ter inicio com o ramo de garantia, rural e responsabilidade civil.

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