Quanto custa consertar os carros lançados em 2011
Fonte: Exame.com
O desempenho no impacto traseiro foi ainda melhor, sem necessidade de estiramento da traseira ou de troca de qualquer peça. Para-choque, painel e peças estruturais puderam ser reparados. O serviço de funilaria foi mais rápido do que o que costuma ser com os concorrentes do sedã da Peugeot. Veja onde o 408 se situa em relação a seus concorrentes da categoria Sedã Médio:
O CESVI testou cinco lançamentos e aferiu o custo e o tempo de reparo após uma batida em baixa velocidade
São Paulo – Uma leve batida no trânsito do dia a dia pode causar um verdadeiro estrago no carro e no bolso do motorista. Para quem leva em conta o custo de reparo antes de comprar um veículo, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) tem um índice, o CAR Group, que expressa a “reparabilidade” dos carros testados, levando em consideração as peças atingidas após um impacto em baixa velocidade e o custo do conserto.
Todos os anos, o CESVI testa alguns veículos recém-lançados no mercado brasileiro, a pedido das próprias montadoras. São realizados dois crash tests, um frontal e um traseiro, a 15 km/h, para simular aquelas batidinhas comuns no trânsito urbano. Em seguida, os carros são levados para a oficina, onde são aferidos os estragos, os custos e o tempo necessário para reparo.
Neste ano, o CESVI testou e já divulgou os resultados de cinco modelos: o Nissan March, o Renault Duster, o Peugeot 408, a Suzuki SX4 e o Nissan Versa. Confira abaixo o desempenho desses carros e de seus pares nos testes do CESVI:
Nissan March
Com classificação 18 no ranking CAR Group, o Nissan March teve seu desempenho considerado intermediário na categoria hatch compacto. O que pesou negativamente para o popular da Nissan foi o desempenho no teste de impacto frontal. Foi necessário trocar o radiador, o condensador de ar condicionado e a longarina esquerda, esta última de substituição cara e demorada.
Essas peças poderiam não ter sido danificadas se o March tivesse uma crash-box, peça que absorve a energia do impacto, protegendo os demais elementos do carro. “Quando o veículo não tem crash-box já prevemos que o índice não será muito bom antes mesmo de fazer o teste”, diz Claudemir Rodriguez, analista técnico do CESVI. Do lado positivo, a fixação do painel dianteiro com parafusos tornou a troca de peças mais ágil, o que aliviou o custo do conserto.
Na categoria Hatch Compacto, o carro de conserto mais barato e rápido é o Novo Fox, da Volkswagen, com índice Car Group 12. O Fiat Palio Fire e o Fiat Novo Palio estão empatados no último lugar da categoria, com índice 23. Veja onde o Nissan March se situa em sua categoria:
CAR Group | Modelos |
---|---|
12 | Volkswagen Novo Fox |
13 | Citroën C3 Hatch e JAC J3 Hatch |
15 | Chevrolet Celta, Renault Clio Hatch, Chevrolet Corsa Hatch, Ford Ka, Volkswagen Novo Gol, Fiat Punto e Renault Sandero |
18 | Nissan March |
20 | Peugeot 207 Hatch e Fiat Mille |
21 | Fiat Novo Uno e Fiat Palio |
23 | Fiat Novo Palio e Fiat Palio Fire |
Renault Duster
Único SUV testado pelo CESVI, o Renault Duster também teve um desempenho apenas mediano nos testes de impacto, recebendo índice CAR Group 20. Novamente, a ausência de uma crash-box levou muitas peças a serem afetadas pelo impacto frontal. Foi necessário substituir parcialmente a longarina esquerda e o painel, mas felizmente foi possível reparar alguns componentes mecânicos, como o radiador e o condensador de ar condicionado.
Mesmo sem crash-box na traseira, o Duster tem um absorvedor de impacto que cumpriu parcialmente seu intuito. Foi possível reparar a lateral direita e a tampa traseira, mas o painel traseiro e parte do assoalho do porta-malas tiveram de ser trocados.
Peugeot 408
O substituto do 307 chegou não só com um ótimo pacote de itens de série, mas também com o melhor índice de reparabilidade de sua categoria, a de Sedãs Médios. O índice CAR Group do Peugeot 408 foi 14, à frente do Citroën C4 Pallas e do Fiat Linea. Na batida frontal, a presença de crash-box absorveu boa parte da energia do impacto, possibilitando o reparo de muitas peças que normalmente precisam ser trocadas após o choque, como a longarina, o painel dianteiro e o capô, o que barateou o conserto. Componentes mecânicos, como o radiador, o condensador do ar condicionado e o eletroventilador não foram atingidos.
O desempenho no impacto traseiro foi ainda melhor, sem necessidade de estiramento da traseira ou de troca de qualquer peça. Para-choque, painel e peças estruturais puderam ser reparados. O serviço de funilaria foi mais rápido do que o que costuma ser com os concorrentes do sedã da Peugeot. Veja onde o 408 se situa em relação a seus concorrentes da categoria Sedã Médio:
CAR Group | Modelos |
---|---|
14 | Peugeot 408 |
16 | Citroën C4 Pallas |
18 | Fiat Linea |
20 | Nissan Novo Sentra |
25 | Chevrolet Astra Sedan |
Suzuki SX4
Sozinha na categoria Hatch Médio Off-Road, a Suzuki SX4 teve seu reparo considerado caro, com índice CAR Group 22. De acordo com o CESVI, é justamente o perfil fora-de-estrada que encarece o conserto. A presença de crash-box dianteiro conseguiu preservar a longarina e componentes mecânicos, como o radiador, o condensador de ar-condicionado e o eletroventilador, mas não conseguiu evitar que outras peças fossem atingidas. A dianteira precisou de estiramento para voltar às medidas originais, e praticamente todas as peças impactadas tiveram que ser substituídas, o que encareceu o conserto. O alto preço da cesta de peças também pesou negativamente.
O desempenho da SX4 foi melhor no impacto traseiro, pois o crash-box conseguiu minimizar danos em componentes estruturais e permitiu que o painel traseiro precisasse apenas de reparo. Também não foi necessário estiramento traseiro.
Nissan Versa
O outro carro da Nissan testado em 2011 também teve o custo de seu reparo considerado intermediário, recebendo um índice CAR Group 16. O Nissan Versa ficou em quarto lugar na categoria Sedã Compacto, atrás do VW Novo Polo Sedan, do JAC J3 Turin e do Chevrolet Prisma.
O Versa possui crash-box à direita e à esquerda, tanto na dianteira quanto na traseira. Mesmo assim, a absorção da energia do impacto não foi totalmente eficiente. Na traseira, foi preciso reparar a longarina e a lateral, que têm conserto demorado. Na dianteira, foi preciso substituir a longarina e o radiador.
Na categoria Sedã Compacto, o modelo de conserto mais barato e rápido é o Volkswagen Novo Polo Sedã, com índice CAR Group 11. Os reparos mais caros e demorados são os do Peugeot 207 Passion e do Fiat Novo Siena, de índice 26.
CAR Group | Modelo |
---|---|
11 | Volkswagen Novo Polo Sedã |
13 | JAC J3 Turin |
15 | Chevrolet Prisma |
16 | Chevrolet Corsa Sedan, Nissan Versa, Volkswagen Voyage |
18 | Ford New Fiesta |
24 | Renault Symbol |
25 | Fiat Siena Fire |
26 | Peugeot 207 Passion e Fiat Novo Siena* |
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