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Alagoanos contratam 800 seguros por mês, diz Sincor

Fonte: Tribuna Hoje

Expectativa de vida e elevação da renda fizeram com que mercado tivesse crescimento de 23% em um ano

O aumento da expectativa de vida e do poder aquisitivo de grande parte da população alagoana tem provocado um crescimento nos setores de previdência privada e seguros de vida. Este fenômeno pode ser observado em todo o país, e Alagoas vem apresentando destaque nesse mercado.

Dados do Sindicato dos Corretores de Alagoas (Sincor) revelam que em junho de 2011, data do levantamente mais recente feito no setor, a contratação de seguro de vida teve um crescimento de 23% em relação a junho de 2010, quando eram vendidas cerca de 650 propostas de seguro de vida por mês.

Hoje, segundo a entidade, são vendidas em média 800 propostas em todo o Estado. Isso significa que, em um ano, são 9.600 propostas.

Segundo Edmilson Ribeiro, vice-presidente do Sincor, os números de contratos podem ser bem maiores, já que existem várias seguradoras que não possuem sucursal em Alagoas, mas operam no Estado. Por esta razão, a “produção” acaba indo para cidades como Recife e Salvador.

Ribeiro ainda destaca que, quanto mais jovem o segurado, mais barato se torna o valor do seguro de vida. “Uma pessoa de 30 anos vai pagar por mês cerca de R$ 35. Já uma pessoa de 60 anos pode pagar um valor de R$ 120”.

Para o vice-presidente, a procura por seguros de vida tem aumentado em consequência da consciência das pessoas e também do cenário econômico atual.

Todos os contratos são registrados pela Superintendência de Seguros e Previdência (Susep), que é um órgão fiscalizador do governo. Em Alagoas existe atualmente cerca de 130 profissionais corretores de seguro, entre pessoa física e jurídica, aptos a ajudar os interessados a encontrar o contrato mais adequado para cada perfil de segurado.

O corretor de seguros José Lessa destaca que o seguro de vida ampliou seu mercado em Alagoas também por conta da divulgação maior. “As seguradoras querem massificar os seguros”. Ele ainda cita o Estado do Rio Grande do Sul como exemplo, onde a companhia energética desconta o seguro na conta de energia.

Este tipo de seguro pode ser contratado a qualquer idade, mas Lessa adverte que, de 14 a 18 anos, o seguro só disponibiliza os serviços funerários.

O corretor acrescenta que esse aumento na procura pelos seguros de vida dá a ideia de que as pessoas estão se conscientizando da realidade em que vivem e que o seguro é uma necessidade social. “Um exemplo disso é o Pré-vida, que é um fenômeno de venda. São nessas horas que a gente vê a necessidade”.

As pessoas geralmente fazem o seguro de vida para proteger quem ama. A seguradora tem 15 dias para aceitar ou não o pedido. Existem casos que a seguradora pode recusar, como se a pessoa for obesa ou se tiver problemas no CPF. Mas o seguro começa a valer no dia seguinte após o pagamento. “Caso a morte do segurado seja natural ou um suicídio e ele tenha feito o seguro há pouco tempo, a seguradora vai investigar”, explicou.

Serviço pode ser contratado por até R$ 4

Há mais de 20 anos, o corretor de seguros Everaldo Santana, de 63 anos, tem dois seguros de vida com o objetivo de dar uma garantia de vida para os dependentes: a esposa e os filhos.

“Isso é uma reserva caso um dia eu falte para minha família”. Em um dos seguros, Everaldo paga R$ 350 por mês, que é debitado de seu salário. O prêmio vale R$ 250 mil. Já o outro seguro, com um prêmio de R$ 350 mil, é pago pela empresa em que Santana trabalha.

Os valores do seguro de vida, porém, variam muito e podem caber em todos os bolsos. O corretor de seguros José Lessa afirma que existe seguro de vida de R$ 4,20 por mês. “Caso a cliente seja mulher e não fumante, ela tem desconto, e fica por R$ 3,80”.

Lessa afirma que o seguro de vida está cada vez mais bem aceito pela população e que a distribuição de renda está mais aberta. Com o aumento do poder aquisitivo, a população está correndo cada vez mais atrás de fazer um seguro ou uma previdência privada. “Há 20 anos, a renda era mais concentrada; apenas algumas famílias tinham dinheiro, hoje a distribuição é maior”.

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