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Seguro residencial é remédio contra prejuízo

Fonte Diário da Região - SP

A tragédia com o desabamento de três prédios no Rio de Janeiro, notícias constantes de enchentes e alagamentos de casas e residências, inclusive em Rio Preto, são alguns dos motivos que justificam a contratação de um seguro residencial, modalidade ainda pouco disseminada na região. "É um serviço que tem um custo baixo pelo benefício que gera. O que é mais fácil repor, o patrimônio de um carro ou uma residência?", questiona Antonio Roberto Mantovan, diretor regional do Sindicato dos Corretores de Seguro (Sincor) de Rio Preto.

O preço menor, na comparação com o seguro de um veículo, se junta a outros atrativos como assistências gratuitas, como por exemplo, limpeza de caixa d´água da residência, reparo em chave, em equipamentos da linha brinca, alguns tipos de limpeza, entre outras. "Se a máquina de lavar ou fogão quebra, por exemplo, o consumidor paga só a peça que precisa ser trocada."

As principais coberturas previstas em um seguro residencial são: contra incêndio, queda de raio, explosão, queda de aeronave, desabamento, contra enchente, danos elétricos e eletrônicos, roubo, responsabilidade civil, entre outros. O serviço pode ser contratado para residências onde o morador vive, para locais de veraneio, assim como para estabelecimentos comerciais. Não importa se o imóvel é novo ou usado.

"Se alguém vai te visitar e o cachorro morde a pessoa, a cobertura de responsabilidade civil cobre. Assim como se a pessoa mora em apartamento e cai um vaso na cabeça de uma pessoa que está rua, esse acidente também é coberto se houver essa cláusula prevista." O corretor Mauro Antônio Laranja, da Dimensional Corretora de Seguros, afirma que não houve reajuste de preços no seguro residencial neste ano e que, pouco a pouco, a procura pelo serviço começa a crescer na região em função do aumento do poder aquisitivo. "As pessoas conhecem pouco essa modalidade de serviço, não sabem que é barata e só percebem a necessidade dele quando acontece um problema."

Para ele, o grande diferencial do seguro residencial são as assistências gratuitas previstas, que incluem, além das já citadas, locação de caçamba para colocação de entulho, revisão de instalação elétrica, de ventilador de teto, limpeza de calha, entre outros. "O valor do seguro é praticamente irrisório perto dos benefícios e da proteção", afirma.

Comparação

A pedido do Diário, o corretor João Luís Sanches de Lima, da Ludmila Corretora de Seguros, fez uma simulação dos custos de um seguro de veículos e de um residencial. Um seguro novo de um Gol, ano 2009/2010, avaliado em R$ 25,8 mil, sai por cerca de R$ 1,1 mil. A apólice inclui 100% de reposição da tabela Fipe para caso de roubo ou perda total; R$ 50 mil para danos materiais (se houver colisão) e R$ 100 mil para danos corporais.

Um seguro residencial, para uma casa avaliada em R$ 150 mil, sai por cerca de R$ 720. O serviço prevê cobertura de R$ 150 mil para casos de incêndio, raio ou explosão; R$ 10 mil para problemas com vendaval (destelhamento, por exemplo), R$ 5 mil contra danos elétricos, que inclui queda de raio, R$ 20 mil contra roubo e R$ 60 mil de responsabilidade civil. "Ao fechar o contrato, a pessoa precisa fazer uma relação dos eletroeletrônicos e equipamentos que possui. Do contrário, a seguradora indeniza até o teto estabelecido por ela", afirma.

Cuidado com valor

Lima faz um alerta aos interessados em contratar o seguro. Normalmente, as pessoas utilizam o valor de venda da residência, mas o ideal é utilizar o valor de reconstrução do imóvel. Essa avaliação pode ser feita com apoio de um engenheiro, que vai fazer os cálculos com base no Custo Unitário Básico (CUB), uma série de valores que referenciam o custo de construção do metro quadrado. "Essa distinção precisa ser feita porque, no momento da indenização, a seguradora cobra o valor da reconstrução do imóvel", explica. Por exemplo, se o custo de reconstrução do imóvel é R$ 120 mil e o valor de venda é R$ 150 mil, o morador perde R$ 30 mil em caso de algum sinistro.

Empresário evitou prejuízos

O empresário Carlos Antonio Molina, de Mirassol, é adepto do seguro residencial e comercial há mais de 30 anos. Foi essa precaução que o ajudou a cobrir alguns prejuízos que teve ao longo da vida. Em casa, já acionou o seguro duas vezes, para cobrir estragos com a queda de raio. Na loja, em um vendaval, o portão foi arrancado e os vidros quebraram. Até os vasos de plantas que quebraram foram pagos pelo seguro.

"Na última vez, no fim do ano passado, caiu um raio em casa e queimou tudo: TV, computador, portão eletrônico e telefone sem fio", disse. O seguro pagou uma despesa estimada em R$ 7 mil. Para Molina, essa é uma despesa pequena em relação à proteção do patrimônio. Anualmente, pelo seguro da casa, paga entre R$ 350 e R$ 400. Pelo da loja, entre R$ 400 e R$ 450. "O sinistro sempre acontece quando se está desprevenido. Por isso, é importante proteger o patrimônio", afirma.

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