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Brasil já responde por 20% do faturamento global da Mapfre

Fonte; Panorama brasil

Mercado na América Latina movimentou mais de 50,4 bilhões de euros no ano passado, e estimativas são de receitas totais de 100 bilhões de euros em 2012

São Paulo

O mercado de seguros na América Latina cresce em ritmo acelerado com o total de 50,4 bilhões de euros durante o primeiro semestre de 2011, alta de 18% ante o mesmo período do ano anterior, aponta estudo da Fundación Mapfre, que revela o potencial de ultrapassar os 100 bilhões de euros em 2012. Diante deste cenário, o grupo espanhol Mapfre aposta no Brasil para os próximos anos, com perspectiva de aumentar a participação no faturamento global, que hoje corresponde a 20%.

Segundo o presidente da Mapfre no Brasil, Wilson Toneto, a expectativa é otimista para os próximos anos, principalmente após a formação do grupo segurador Banco do Brasil & Mapfre. "Crescemos acima do mercado em 2011 e vamos continuar. A participação do seguro no Produto Interno Bruto [PIB] ainda é muito pequena [3,4%], então há muito potencial. Falta agora a organização interna das companhias que se associaram, mas teremos novidades nas áreas de vida, rural e de infraestrutura".

Ao final de 2011, o grupo espanhol Mapfre obteve um aumento de 15,5% em prêmios, para o total de 19,6 bilhões de euros. O Brasil, segundo o presidente, representa 20% do total, com expectativas de elevação. "Em 2012 deve elevar a relevância com a captura das operações conjugadas com o Banco do Brasil", afirma Toneto. No último ano, o Brasil teve expansão de 69,1% nos prêmios e a Mapfre América (incluídas as operações da América Latina e EUA) cresceram 33%.

Formado em junho de 2011, o grupo BB & Mapfre abrange os segmentos de pessoas, imobiliário, agrícola, veículos, industriais, vida, ramos elementares e seguros gerais.

De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o mercado segurador brasileiro somou R$ 105,021 bilhões em prêmios em 2011, crescimento de 16,6% ante 2010, quando ficou em R$ 90,088 bilhões. Em 2012, janeiro totalizou R$ 9,717 bilhões, alta de 14,43% na comparação com janeiro do último ano, quando o faturamento atingiu R$ 8,491 bilhões.

Bento Zanzini, diretor-geral do grupo BB & Mapfre, explica que a expansão econômica brasileira em 2010 e as medidas governamentais no sentido de contornar a crise foram importantes para a geração dos resultados. "No último ano, a indústria pode ter crescido menos, mas não o restante da economia, como a agricultura, o que revela que ainda há muito potencial, como a confirmação da nova classe média, que dá nova expansão ao mercado interno".

O diretor ainda acrescenta que haverá grande relevância o ramo de seguro de pessoas, vida e previdência (VGBL), que representam atualmente em torno de 54% dos prêmios. "O consumidor está preocupado com o aumento da longevidade e perspectiva de vida, o que faz com que cresça os planos de previdência. O VGBL cai no gosto da baixa renda porque tem como ser uma alternativa à caderneta de poupança", diz Zanzini.

Para 2012, o executivo revela que é projetado um crescimento de 12,8%, mas que o valor pode ser superior. "Parece um pouco mais conservador, mas é natural que depois de um forte período de expansão tenha um ajuste nessa taxa de crescimento".

O presidente da Mapfre no Brasil, Wilson Toneto, opina que para acelerar a velocidade de crescimento e, consequentemente, a participação no PIB do setor de seguros, o Brasil já apresenta avanços, como a resolução 244 do microsseguros, que deve ser aprovada em abril pela Susep. Entretanto, alguns segmentos poderiam ter incentivos, inclusive tributários. "O mercado carece de incentivos, mas a curto prazo não vemos. Haverá novidades em microsseguros, mas procuramos sensibilizá-los, porque precisamos evoluir. O seguro pode financiar o país e a iniciativa privada".

Já no resseguro, Toneto afirma que houve retrocesso. "Empresas estrangeiras colocaram dinheiro e depois de um curto período houve mudanças das regras do jogo". As alterações na qual o presidente se refere dizem respeito às resoluções sancionadas no final de 2010 pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que tornaram obrigatória a colocação de, no mínimo, 40% dos riscos em resseguradoras brasileiras.

América Latina

Segundo o estudo El mercado assegurador latinoamericano, da Fundación Mapfre, a indústria de seguros cresceu 19,3% no volume de prêmios em 2010, para o total de 91, 37 bilhões de euros. Os países que tiveram um maior crescimento foram Brasil, 39,4%, Peru, com 42%, Chile, de 36,6% e o Uruguai, de 35,1%. O Brasil concentra o maior mercado, com 42,5%.

Para o vice-presidente da Fundación Mapfre, Filomeno Mira, 2010 foi um ano extraordinário para a América Latina. No entanto, a representação no mercado mundial, junto ao Caribe, ainda é pequena, de 3%. "Só no primeiro semestre de 2011, houve crescimento de 18,1% em toda a América Latina, para 50,4 bilhões de euros", finaliza Mira.

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