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Mais brasileiros despontam no clube dos corretores de milhões

Fonte: Brasil Econômico

Aumento das vendas de seguro de vida leva 80brasileiros à associação mundial

Cresceu o número de brasileiros a integrar o seleto grupo dos corretores de vida e previdência que mais vendem em todo o mundo, associação chamada de Million Dolar Round Table (MDRT) e que agrega apenas 1% dos melhores profissionais da área. Em 2000, eram apenas dez os brasileiros no grupo, enquanto no ano passado eles eram 80. Os números do setor explicam a presença crescente de brasileiros no grupo.

De janeiro a junho do ano passado, o seguro de vida movimentou R$ 4,8 bilhões em prêmios, alta de 11,6% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

A história da associação remete a 1927, quando 32 vendedores de seguro de vida americanos que já haviam atingido a marca de US$ 1milhão em capital segurado começaram a elaboração de uma entidade dedicada ao alto grau de abordagem ao cliente. Hoje, o MDRT conta com 36 mil membros, de 78 países e 430 empresas. O grupo ainda agrega outros profissionais financeiros como consultores.

O MDRT está aumentando seus esforços e explorando novas iniciativas no Brasil, ciente de que o país é o maior da América Latina e que a indústria de seguros cresce a uma taxa superior à economia. Em 2011, o avanço foi de 17,1% do mercado de seguros em geral, para uma arrecadação de R$ 218,65 bilhões, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguro (CNSeg). "O aumento decorre do fato do prêmio do seguro ter crescido muito", diz Fabio Lins, presidente da Prudential no Brasil. Na empresa, que comercializa apólices de vida individual, o prêmio médio pago pelos clientes passou de R$ 1.123 em 2000 para R$ 2.845 em 2011.

Leonardo Lerer, responsável pelo MDRT no Brasil, diz que anos atrás não havia discussão de seguro de vida no país, assunto que era 'tabu' por tratar de falecimentos e acidentes. "Com o aumento do poder de compra da população, a economia estabilizada e as classes emergentes, houve crescimento da demanda em vários setores, inclusive no seguro. Estamos em transformação." As exigências do MDRT para considerar um corretor de sucesso também sobem com o passar do tempo.Em 2001, os corretores brasileiros precisaram arrecadar R$ 65 mil em comissões e vender prêmios de R$ 130 mil para se tornarem membros. As comissões no ano passado precisavam ser de R$ 106,8 mil e os prêmios, de R$ 320,4 mil.

O paulista João Paulo Bottecchia, sócio da JPBOTTECCHIA corretora, foi o primeiro brasileiro a se tornar membro vitalício da associação, o que aconteceu no ano passado. Para isso, é preciso qualificar-se no rol por pelo menos dez anos seguidos. Botecchia reconhece o crescimento do mercado de seguro de vida e, junto com ele, da concorrência. "Eu torço pela concorrência, para mais pessoas falarem sobre seguro de vida, mais companhias lançarem produtos, para chegar aos ouvidos dos clientes." O diretor-presidente do Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, conta que a empresa tem uma ação de levar os corretores para os encontros anuais do MDRT, onde eles participam de palestras e fazem contato com seus pares de outras nacionalidades. São selecionados 30 corretores de vida e previdência que apresentam bom desempenho no ano anterior.

"Um dos objetivos disso é a fidelização, ser uma seguradora que valoriza o corretor. Ele deve ter mais interesse em trabalhar comigo do que com aquela seguradora que não tem esse tipo de programa", pondera.

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