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Cresce a fatia de seguros no Bradesco

Fonte: Valor Econômico

Se a operação de crédito do Bradesco dá passos mais tímidos com a alta da inadimplência, a Bradesco Seguros pisa no acelerador e ajuda a sustentar os resultados do banco. A seguradora teve lucro líquido de R$ 905 milhões no primeiro trimestre de 2012, alta de 18,9% em relação ao mesmo período de 2011 e avanço de 5,2% comparado ao trimestre imediatamente anterior. O lucro da operação de seguros representou 32% do resultado do banco, ante 28% em 2011.

O resultado também mostrou a Bradesco Seguros colhendo os primeiros frutos da expansão geográfica do banco, que abriu cerca de 1 mil agências no ano passado para compensar a perda do Banco Postal, que desde janeiro está sob administração do Banco do Brasil. Até então, o Bradesco não podia, por regra, vender seguros e planos de previdência para os clientes do Banco Postal.

Só nas novas agências, o Bradesco vendeu 150 mil apólices no primeiro trimestre, faturando R$ 15 milhões em prêmios de seguros. Esse volume de apólices vendido nas novas unidades equivale a 5% do total emitido pela seguradora. Ainda é pouco, mas tem espaço para crescer, avalia Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros, em teleconferência para imprensa.

A expansão do canal de distribuição do banco deve trazer um importante incremento na produção da seguradora até o fim do ano, em especial para seguros residenciais e de menor preço, como acidentes pessoais, afirma Roberto Chamberlain, diretor de contabilidade da Bradesco Seguros.

Os números dos primeiros meses também mostram a estratégia da seguradora para lidar com a queda na taxa básica de juros, que encolhe os ganhos financeiros da empresa. A margem financeira de juros da operação de seguros do Bradesco foi de R$ 851 milhões no trimestre, queda de 14,8% na comparação anual.

Segundo Chamberlain, o recuo só não foi maior pelo ganho de volume das aplicações da seguradora. Enquanto a queda no spread médio, causado pela taxa de juros menor, representou perda de R$ 285 milhões na margem, o aumento do volume de aplicações trouxe ganho de R$ 137 milhões. São os ganhos com eficiência e escala que vão compensar as perdas com a queda na Selic, não mudanças no perfil de aplicações.

A receita da Bradesco Seguros no primeiro trimestre foi de R$ 9,4 bilhões, avanço de 20% na comparação anual. O índice de sinistralidade, que mostra a relação entre indenizações pagas e faturamento, ficou estável em 71,9%.

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