Um Investimentos estreia na previdência privada

Fonte: Brasil Econômico

A fuga de investidores da bolsa fez com que a Um Investimentos começasse a diversificar os produtos oferecidos. Se, há cinco anos, 100% das receitas vinham da corretagem, hoje, não mais. Segundo Thiago Audi, sócio e diretor comercial da Um Investimentos, a expectativa é que a negociação de ações passe a representar 65% do faturamento da casa.

Parte da mudança virá do lançamento de planos de previdência privada (PGBL e VGBL), que poderá representar até15%da receitada corretora.Os20%restantes vêm da venda de Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), entre outros produtos que já oferece.

Com o lançamento dos planos, a ideia é aumentar em 10% a base de clientes dentro de seis a sete meses. Hoje, a casa tem 40 mil contas cadastradas.

"Também era uma demanda dos nossos próprios clientes.

Por isso, a expectativa é que de 15% a 18% façam adesão aos planos", diz Audi.

Como a corretora não pode ser a emissora dos planos, fez uma parceria com a seguradora Mapfre que fará o lançamento.

Para isso, investiu quase R$ 400 mil na contratação de uma equipe que ficará responsável pela área de previdência privada e na capacitação dos agentes autônomos, que serão os grandes disseminadores dos produtos.

A corretora também está fazendo parcerias com grandes empresas, como a Pepsico, para dar aulas sobre o mercado financeiro em troca dos contatos dos participantes dos seminários.

"A ideia é vender primeiramente previdência, por ser produto popular, e depois vender títulos, CDB e até ação", explica.

Além dessas mudanças de portfólio de produtos e receita, a Um Investimentos também está de olho nos investidores institucionais. Até o ano passado, a corretora tinha apenas pessoas físicas na base de clientes.

A expectativa é que a saída de parte deles seja compensada com a chegada de clientes corporativos.

A expectativa é que eles representem 13% da carteira. Natália Flach