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Crise na Europa faz seguradora Generali focar o Brasil

Fonte: Folha.com

No Brasil desde 1925, a Generali, uma das três maiores seguradoras da Europa, nunca fez questão de ter posição de destaque no mercado nacional. Agora, 97 anos depois, a deterioração da economia europeia faz do investimento no Brasil e nos emergentes uma condição para a sobrevivência da empresa.

Dos 69,1 bilhões de euros faturados pela Generali em 2011, 70% vieram da Europa. Nos próximos dez anos, a intenção da companhia é reduzir esse percentual para 50%, com os 50% restantes vindos de Brasil, China, Índia e países do leste europeu.

"O interesse na Itália, Alemanha e França vai decrescer gradativamente, fazendo dos emergentes um mercado cada vez mais atrativo para nós", afirmou Sergio Balbinot, diretor mundial de operações da Generali, durante a reunião anual de acionistas da empresa, no último sábado, em Trieste, no norte da Itália.

Sem dar maiores detalhes, Balbinot afirmou que a ideia no Brasil é crescer organicamente, ampliando o portfólio de produtos e canais de distribuição locais. Atualmente, a Generali oferece seguros pessoais e para empresas no Brasil.

Questionado sobre a possibilidade de aquisições como forma de crescer rapidamente no Brasil, Balbinot afirmou que não vê espaço para esse tipo de negócio no momento. No mundo, a empresa tem 85 mil funcionários e 65 milhões de clientes.

"Vamos reajustar nosso posicionamento no Brasil. A escala de nossa operação no país não condiz com nosso tamanho no resto do mundo", afirmou Balbinot, em entrevista a cerca de 60 jornalistas. É a primeira vez que jornalistas brasileiros são convidados para a reunião anual de acionistas, que ocorre no centro de convenções de Trieste, às margens do mar Adriático.

A empresa iniciou sua reestruturação no Brasil em outubro passado. Contratou Carmelo Furti, ex-presidente da TIM no Brasil, para ser presidente do Conselho de Administração, e colocou o presidente-executivo mundial do grupo, Giovanni Perissinoto, no segundo posto do conselho. "Estamos com um olhar bastante atento para o Brasil", disse Perissinoto.

O jornalista LUCAS VETTORAZZO viajou a Trieste a convite da Generali

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