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Ernest & Young aposta em serviços para bancos

Fonte: Valor Econômico

Felipe Machado | De São Paulo

Conhecida por seus trabalhos de auditoria, a Ernst & Young Terco está ampliando a atuação no mercado brasileiro com o fortalecimento da área de consultoria para bancos, seguradoras e gestora de ativos e empresas de intermediação de pagamentos eletrônicos.

Hoje, essa divisão de negócios representa 13% do faturamento e a meta é que em três anos esse percentual atinja 25% - mesmo patamar verificado nos demais países, segundo Paul Gruppo, sócio-líder de serviços financeiros da Ernst & Young Terco. No mundo, a receita do segmento de consultoria financeira é de cerca US$ 6 bilhões, sendo que o Brasil responde por cerca de 5% desse total.

A expectativa é que o faturamento de serviços financeiros no Brasil cresça 70% em um ano. Para atingir tais metas, a empresa está promovendo várias ações, entre elas, a ampliação de sua equipe para esse segmento de consultoria financeira. Nos últimos dois anos, a equipe aumentou de 40 para 200 pessoas.

Segundo Gruppo, o país ganhou importância no mercado financeiro global. A estimativa é que ainda há espaço para crescer, como na oferta de crédito. O Brasil foi um país com baixíssima penetração do crédito por causa da inflação, afirma o executivo. Desde 2010, essa área comandada por Gruppo se reporta diretamente à sede global nos Estados Unidos.

O novo time, formado em sua maioria por integrantes com passagens pelo mercado financeiro, atua em várias frentes como gestão, tecnologia da informação (TI), gestão de risco, impostos, fusões e aquisições, entre outras. Os bancos têm grande importância para a empresa, uma vez que, segundo o executivo, o atendimento ao setor representa cerca de 80% do faturamento da divisão de consultoria financeira. Mas a tendência é que a parcela das seguradoras passe dos atuais 20% para algo entre 30% e 40% nos próximos anos.

Na visão do executivo, as seguradoras brasileiras foram criadas focadas em produtos específicos, mas ao entrar em novos ramos enfrentam dificuldades para integrar informações. Gruppo acredita que uma seguradora com diversos produtos poderia se beneficiar de mais cruzamento de dados dos seus clientes, por exemplo, para fazer uma análise de risco mais precisa.

Segundo Gruppo, os bancos podem melhorar sua gestão de riscos. Ele considera que a experiência da Ernst & Young em mercados mais afetados pela crise financeira deflagrada no fim de 2008 - quando o pouco rigor na concessão de crédito foi um fator importante - beneficiará os clientes brasileiros.

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