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Mapfre prevê receita de 5 bi de euros com seguro no Brasil em 2012

Fonte: Brasil Econômico

Seguradora quer que negócios no país representem 20% da receita global e, para isso, anunciou criação de uma operadora de plano de saúde e outra de consórcios, conforme antecipou o BRASIL ECONÔMICO em março

Flávia Furlan

Antonio Huertas foi nomeado presidente da seguradora espanhola Mapfre, líder no país de origem e quinta maior da Europa, em março deste ano e escolheu o Brasil para sua primeira viagem internacional. A decisão não foi tomada ao acaso: o país deve representar um quinto da receita global (ou 20%) em 2012, o que corresponde a 5 bilhões de euros. Hoje, a participação é de 17%.

"Estar no país, que é a sexta economia mundial, compensa a falta de motivação com o que acontece na Europa", afirma o executivo, que apesar disso vê com otimismo as medidas tomadas em seu país para estimular a economia e reduzir o desemprego. O grupo tem 60% dos prêmios - que somaram ¤ 6,2 bilhões até março - em operações internacionais de seguros, uma blindagem de turbulências econômicas em países específicos.

Para expandir as atividades no Brasil, a Mapfre anunciou ontem que planeja entrar no segmento de planos de saúde, o que já havia adiantado ao BRASIL ECONÔMICO em março. "Trabalharemos com nosso talento e executivos, aproveitaremos a experiência na modalidade lá fora", informa Huertas, sobre a criação de empresa para o segmento que poderá crescer organicamente ou com aquisições.

Nos próximos dias, a seguradora deve entrar com pedido na Agência Nacional de Saúde Suplementar e pretende iniciar suas operações no primeiro trimestre de 2013. "Teremos capital inicial de R$ 20 milhões", afirma Wilson Toneto, presidente da Mapfre Brasil. A exigência mínima é de R$ 15milhões. Inicialmente, a Mapfre trabalhará com saúde, mas poderá ampliar a carteira para plano odontológico. Em três anos,pretende vender 300 mil planos de saúde. O foco será em apólices coletivas.

Além do seguro saúde, a Mapfre ainda anunciou outra novidade que tinha adiantado ao Brasil Econômico que é a entrada no segmento de consórcios. A seguradora espera autorização pelo Banco Central para operar no mercado. "Ainda neste ano vamos começar", garante Toneto.

Para isso, será finalizado acordo com a Caixa Econômica Federal para distribuição de consórcios. As modalidades em que a Mapfre vai trabalhar serão inicialmente automóvel e residencial e a ideia é ampliar para serviços e eletrodomésticos. O capital mínimo exigido para a atividade é de R$ 7 milhões, mas a companhia aportou R$ 25 milhões.

Segundo Huertas, o objetivo da Mapfre é ser a seguradora líder na América Latina e no Brasil, sendo que hoje está na quarta posição no país-o Grupo Banco do Brasil Mapfre, no entanto, é líder quando considerados somente os ramos em que atua como ramos elementares, seguros gerais e agrícola, por exemplo.

Além do investimento de R$ 45 milhões em saúde e consórcios, a Mapfre ainda desembolsou R$ 100 milhões para a instalação de um data center em São Paulo para atender as operações na América Latina.

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