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Setor de seguros se adequa à nova realidade econômica

Fonte: Tribuna do Norte

A incorporação dos meios eletrônicos ao mercado de seguros ainda é uma novidade para o setor, mas segundo estimativas da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), em no máximo cinco anos a internet será um dos principais meios de contratação de seguros. Os desafios da proteção do consumidor nesse mercado, será um dos temas abordados durante o XI Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor, que começa hoje e vai até a próxima sexta-feira (25), no Hotel Serhs. De acordo com Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora-executiva da CNseg, na última década, as seguradoras iniciaram um processo de modernização de produtos, a fim de detectar as necessidades dos novos consumidores brasileiros. "O maior volume de vendas de seguros também se deve ao aumento da renda e da oferta de crédito, principalmente para as classes C e D, que passaram a ter mais acesso ao mercado consumidor", esclarece.

Segundo a executiva, para alavancar ainda mais o setor, deve-se investir em renda e educação financeira. "A distribuição de renda está dando velocidade e sustentação a esse crescimento, que se intensificou nos últimos anos pelo desempenho econômico do país", completa. Por causa dessa nova realidade está sendo criado um centro de informação ao consumidor, um programa de educação financeira, além de sondagens periódicas com a realização de pesquisas quantitativas sobre as expectativas dos consumidores.

TECNOLOGIA

O representante da CNseg, Eugênio Velasques, vai participar de uma das mesa-redonda sobre o tema durante o evento e acredita que a incorporação da tecnologia ao mercado é inevitável. "Hoje o setor de seguros ainda não está incorporado aos meios eletrônicos, mas esse caminho é inexorável. A tecnologia será inserida no universo do seguro, assim como aconteceu com o setor bancário", disse Velasques, que explica ainda que é de interesse das seguradoras manter seu segurado protegido e que as experiências do setor financeiro vão beneficiar o mercado segurador. O setor de seguros tem grandes e novos desafios. Entre eles, o de continuar adotando melhorias para garantir a eficiência de seus canais de atendimento ao consumidor, desenvolvendo produtos diferenciados e adequados aos novos públicos, incorporando tecnologias aos processos de vendas e operacionais para reduzir custos, e disseminando ações de prevenção e gerenciamento de risco em diversos ramos.

Com esse foco, o mercado tem ampliado os investimentos em novos canais de distribuição e formas inovadoras de responder ao aumento da demanda. A criação de produtos como o microsseguro, para atender às necessidades de coberturas mais simples, por exemplo, reforça essas perspectivas.

MICROSSEGURO

A expectativa é que, até junho, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula e fiscaliza o setor, libere as circulares que vão regulamentar as normas relativas à formatação do produto, os canais de distribuição, criação do corretor de microsseguro e simplificação de contrato. Esse novo produto permitirá que as classes de baixa renda passem adquirir proteções a preços acessíveis. Um dos canais de distribuição propostos é o de meios remotos - como a internet e o celular - o que permitirá um custo mais reduzido e uma simplificação do seguro.



Serviço:
 O que: XI Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor - Natal/RN

Quando: De 22 a 25 de maio de 2012.
Onde: Serhs Natal Grand Hotel
Congresso debate direito do consumidor

A atualização do Código de Defesa do Consumidor será discutida por juristas e estudantes de direito de todo país, durante o XI Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor. O debate começa hoje (22), a partir das 19 horas, e segue até o dia 25 de maio, no Hotel Serhs, na Via Costeira. O evento envolve palestrantes de dezessete países. A estimativa de público é de 650 participantes.

O Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) Hector Valverde Santana destaca a necessidade de incorporar ao CDC, temas pertinentes ao direito do consumidor que não existiam à época da promulgação da legislação. Entre eles o superendividamento, fenômeno criado pela facilidade do crédito ao consumo, que impossibilita a permanência do mercado do consumidor, como explica Hector Valverde. "É preciso que a legislação incorpore e trate da repactuação de dívidas, a prevenção para esse endividamento", analisa.

Outro tema atual a ser tratado é o comércio eletrônico, responsável pela circulação de R$ 17 bilhões em negociações, que permanece sem regras definidas para a proteção ao consumidor - defende o presidente do Brasilcon. Serão tratados também a crise mundial, crédito responsável, a proteção do consumidor turista, a copa do mundo, dentre outros. "Ao final do evento será emitida uma Carta de Natal com sugestões para a atualização do Código de Defesa do Consumidor", antecipa o presidente do Brasilcon.

A programação conta ainda com eventos paralelos, como o 3º Seminário Internacional de Direito do Consumidor, Encontro Nacional de Professores de Direito do Consumidor e outros.

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