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Após abertura, corretor aparece e conquista espaço no setor

Fonte: Valor Econômico

Uma espécie que sequer existia também passou a desempenhar um papel importante no mercado de resseguros: o corretor. Com o monopólio até poucos anos atrás, esse era um personagem desnecessário. Agora, com os grandes negócios de infraestrutura, seu papel tem sido coordenar a distribuição dos diversos riscos envolvidos entre resseguradores, tanto no Brasil quanto no exterior.

Sobra para as resseguradoras pagar a conta dessa mudança. Ela aparece na rubrica custos de aquisição, composta principalmente pela taxa paga aos corretores. Em 2011, as resseguradoras locais gastaram R$ 94,5 milhões nessa linha, 70,3% a mais que os R$ 55,5 milhões registrados um ano antes.

O aumento do valor absoluto das comissões não é só uma questão de aumento do volume de negócios, mas também do porte e da complexidade dos mesmos, diz Adriana Seemann, chefe de relações com clientes da Munich Re. Ela destaca os projetos de infraestrutura, que demandam muita capacidade de resseguro.

Corretora responsável pelos seguros de Belo Monte, a britânica JLT teve no resseguro a principal fonte de receitas no ano passado. O faturamento consolidado da corretora no Brasil em 2011 foi de R$ 42 milhões, sendo que R$ 26 milhões vieram da operação de resseguros.

O aumento das disputas entre seguradoras e resseguradoras sobre limites de coberturas de apólices, desde que o IRB deixou de ser o grande árbitro do mercado, é a principal explicação de Nicolau Daudt, diretor-presidente da JLT, para o ganho de espaço da corretora em resseguros.

A reformulação do IRB também trouxe uma maior proximidade dos corretores, como parte de um movimento de busca de canais alternativos para negócios, diz Leonardo Paixão, do IRB. Pagamos um preço mais alto para uma maior proximidade de seguradoras e de corretores. O IRB montou uma estrutura comercial agressiva, segundo o executivo, de abordagem direta a clientes e corretores. (FM)

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