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As seguradoras não podem ficar só no escritório sustentável. Têm que investir

Fonte: Sonho Seguro - Denise Bueno

O modelo de crescimento pode ser comparado a um bastão de hockey”, pontuou o PhD, professor na Faculdade de Administração da Universidade de Tel Aviv e primeiro Decano da Escola Acadêmica de Seguros de Israel, Yehuda Kahane. Ele foi o palestrante do painel “O Impacto do Social, Econômico e Ambiental nas Crises do Seguro”. Kahane apontou para as mudanças demográficas, econômicas e de padrão de consumo que o mundo vive hoje.

Para Kahane o mundo chegou a um ponto de esgotamento do modelo atual e para dar continuidade a espécie humana é preciso quebrar paradigmas. Segundo ele, o setor de seguros é muito importante nesse processo, pois atua no gerenciamento de riscos. “As seguradoras não podem ficar só no escritório sustentável, têm que investir. Nesse momento não deixar pegadas não é o suficiente. Precisa ter atividades positivas para limpar o meio ambiente”, endossou.

“Em 1992, tivemos uma conferência aqui no Rio, a Eco 92, esse foi o primeiro diálogo sobre essas questões. Vinte anos depois, muitas conversas e discursos aconteceram, mas as ações foram poucas”, explicou o professor.Segundo Kahane essa é a ultima década que suportamos esse modelo de gestão. “A Terra sobreviverá, mas nós, seres humanos, seremos extintos. Vocês estão ouvindo os alarmes?”, indagou. A globalização também foi apontada como fator de risco e preocupação. “O que uma pessoa faz no Japão nos atinge aqui no Rio”, disse.

Para o professor, precisamos de um novo modelo de gestão para dar conta dos desenhos e necessidades dos indivíduos. “A única maneira de lidar com essa situação é atrelar o crescimento à questão do meio ambiente. Você pode encontrar uma maneira de colocar os países pobres e limpos para se transformarem em países ricos e limpos”, enfatizou.

“Se cada um de nós nos comportarmos como um país desenvolvido precisaríamos de cinco planetas”, exemplificou. Para Kahane, temos que descobrir como enfrentar esse problema, não como entramos nele. Ilustrando a situação, o professor citou um provérbio chinês: “O melhor momento para plantar uma árvore é há 20 anos atrás. O segundo melhor é hoje”, disse explicando que o primeiro momento a humanidade já perdeu e é preciso aproveitar agora o segundo.

Hoje existem três pontos de vista para o problema ambiental: os céticos (que acham que é tudo invenção), os que não se envolvem (acreditam que o problema existe, mas a responsabilidade não é dele – é do governo, dos ricos) e os que se preocupam (enxergam o problema e se comprometem com soluções).

O 48.º Seminário Anual da IIS acontece de 18 a 20 de junho, no Sofitel, em Copacabana, no Rio. O evento conta com a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) como parceira na organização.

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