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Expansão fica acima de 13 %

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Seguradoras crescem mês a mês e impulsionam o faturamento para cima de R$ 111 bilhões em 12 meses, fechados em abril. VGBL continua em destaque, respondendo por mais de 43% da receita captada pelo setor

Na contramão da economia, que não tem reagido aos estímulos de crescimento adotados pelo governo, a atividade de seguros brasileira tem crescido mensalmente, na casa de dois dígitos, desde janeiro, quando a receita de prêmios subiu 14,6% e desembocou em alta de nada menos que 23,3% em abril, segundo os últimos dados disponibilizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Nos dois meses precedentes, o mercado ostentou evolução de 12,9% em fevereiro e de expressivos 27,6%, em março, sempre no comparativo com igual mês do exercício de 2011.

Em 12 meses, fechados em abril, as seguradoras ostentam crescimento de 17,6%. As vendas contabilizam R$ 111,354 bilhões. Já no acumulado de 2012, os números da Susep, que não incluem o ramo saúde, indicam que o faturamento de R$ 38,604 bilhões avançou 19,7% sobre os R$ 32,251 bilhões registrados de janeiro a abril do ano passado.

Desempenho Regional

Entre os oito pólos de seguros que chegaram a abril movimentando receita de prêmios na casa do bilhão de reais, o avanço mais evidente foi observado na Bahia, de 39,4%, com R$ 1,208 bilhão, o equivalente a 3,1% do mercado nacional. Dois estados vieram em seguida, Goiás, com alta de 26,5% e receita de R$ 1,124 bilhão (2,9% do País), e Paraná: crescimento de 26,3% e receita de R$ 2,437 bilhões (6,3% do País). Nesta lista de desempenho regional, apareceram ainda Minas Gerais (R$ 3,038 bilhões, expansão de 21,9%), Rio Grande do Sul (R$ 2,151 bilhões, mais 20,1%) e Santa Catarina (R$ 1,212 bilhão, alta de 16,1%).

Rio de Janeiro e São Paulo fecharam a lista, na posição de principais pólos de seguros do País. O mercado fluminense avançou 17,2% no primeiro quadrimestre do ano, com receita de R$ 4,306 bilhões, 11,2% do mercado brasileiro. No mercado paulista, o maior do País, o incremento foi de 18,4%, com prêmios de R$ 18,180 bilhões, 47,2% do mercado brasileiro. Juntos, os oito maiores pólos de seguros do País concentraram 87,3% (R$ 33,656 bilhões) do faturamento nacional.

Carteiras

Em relação ao desempenho dos ramos de seguros, estatísticas da Susep mostram que o seguro de automóvel, de janeiro a abril deste ano, sentiu os reflexos da queda de vendas de veículos. Ao faturar R$ 7,106 bilhões, a carteira, que inclui as coberturas de responsabilidade civil facultativa e de assistência, cresceu 11,4% sobre igual período de 2011, bem abaixo da expansão média do mercado.

Os seguros de pessoas seguiram linha idêntica a do automóvel, registrando incremento de 12,8% nos quatro meses iniciais do ano. O faturamento ficou em R$ 7,009 bilhões. No ramo, os seguros de vida evoluíram apenas 5,5%, com receita de R$ 3,175 bilhões. Já os seguros de acidentes pessoais cresceram 10,8% e os prêmios atingiram R$ 1,404 bilhões, enquanto a receita de R$ 1,657 bilhões, alta de 16,7%, colou o seguro prestamista, dado em garantia de financiamento para compras a prazo, na segunda posição de importância do ramo de pessoas.

Sintomas de enfraquecimento mais acentuado foram verificados no segmento patrimonial, no qual as vendas avançaram apenas 4,3% no quadrimestre, para R$ 3,055 bilhões. Aqui, o seguro de riscos de engenharia chegou a despencar 19,3%, enquanto o de garantia estendida subiu magros 2,4% e o de riscos operacionais, 4%. Em situação melhor apareceram os pacotes residências, alta de 15,3%, e empresariais, mais 11,6%.

Mas no período, o produto que fez a diferença foi o VGBL, que respondeu por 43,6%, ou seja, R$ 16,852 bilhões, de toda receita de prêmios captada pelo mercado no primeiro quadrimestre do ano. Os planos VGBL cresceram 33,5%. Sem o produto, que tem características de previdência complementar, o mercado de seguros teria crescido 10,8%, ao contrário dos 19,7% apontados pelos números da Susep.

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