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Proteção veicular não tem garantias como o seguro, alertam autoridades

Fonte: G1 - Bom Dia Brasil



Os planos são vendidos como proteção veicular livremente pela internet ou por corretores, e funcionam como uma cooperativa. Esses contratos são apenas semelhantes aos dos seguros, mas sem garantia de pagamento.

Para fugir dos preços cobrados pelas seguradoras, milhares de donos de carros têm assinado contratos mais baratos de "proteção veicular". As autoridades alertam: pode sair caro. Esses contratos são apenas semelhantes aos dos seguros tradicionais, mas sem garantia de pagamento.

Duzentas e cinquenta empresas que praticam este tipo de negócio já estão na mira da Justiça.
E quase quatrocentos processos já foram abertos, com reclamações dos clientes.

Seguro de automóvel até 70% mais barato. Além de rastreador grátis, seguro de vida incluído, até mesmo auxílio-funeral. É um bocado de vantagem. Dá pra acreditar?

“Esse paraíso não existe. Muito pelo contrário”, afirma Amilcar Vianna, presidente do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro.

Os planos são vendidos como proteção veicular livremente pela internet ou por corretores, e funcionam como uma cooperativa. As empresas são legalizadas, têm CNPJ, mas não são regulamentadas pela Susep, o órgão do Governo Federal responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros e previdência.

“Isso não é garantia. Isso não é regulamentado. E nós vamos ter que contar com a sorte. Ninguém tem segurança com isso. É uma grande balela dizer que isso é seguro. Isto não é seguro”, afirma Vianna.

Segundo a Susep, mais de um milhão de carros teriam a tal proteção veicular. Quem adere ao plano vira cooperado e paga mensalidades. Em tese, o valor arrecadado seria usado para ressarcir donos de carros roubados ou acidentados. Na prática, não é bem assim.

O maior número de vítimas é de Minas Gerais, onde tudo começou, na cidade de Contagem. Enquanto em um seguro tradicional o prazo para o pagamento é de 30 a 60 dias, nestas cooperativas a espera pode ser muito maior.

“Seguradora só pode ter a forma jurídica da Sociedade Anônima, SA. Então qualquer empresa que se coloque como associação, ajuda mútua, benefícios, a maioria desses casos são casos de operação fraudulenta”, explica André Belém, coordenador da SUSEP-RJ.

“Você pode ficar três, cinco anos na justiça tentando este ressarcimento. Não tem qualquer garantia que você vai receber o dinheiro em qualquer período”, afirma o coordenador.

Ainda segundo a Susep, as empresas que vendem proteção veicular podem estar cometendo crimes contra a economia popular e o sistema financeiro, além de evasão fiscal e falsidade ideológica.

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