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Microsseguro tem de ser S.U.A.V.E, diz consultor no Fórum da Fenaprevi

Fonte: Sonho Seguro - Denize Bueno


Sete anos. Esse é o prazo médio para uma seguradora começar a ter lucro com microsseguro. Esse prazo considera que o investidor vai obedecer a sigla S.U.A.V.E: simple, understood, accessible, valuation and efficient. (simples, de fácil entendimento, acessível, ter valor para todos na cadeia e uma estrutura de custos eficiente).

Com base nisso, Michael Machord, do Microinsurance Centre, abordou todos os temas prioritários para que as seguradoras que começam a criar produtos definidos para atuar nesse segmento recém regulamentado no Brasil, tenham operações de sucesso. ““São elementos essenciais para o sucesso do microsseguro no pais.”, afirmou Machord. Hoje as seguradoras brasileiras atuam com apólices de baixo tíquete. São mais de 22 milhões de contratos negociados com valores de até US$ 100 por ano. A fase atual é saber se esses contratos vão migrar para microsseguros ou permanecerão como seguro popular, bem como criar produtos dentro da nova legislação.

Simplicidade foi a palavra mais repetida em sua palestra, proferida logo após a abertura do VI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previência Privada, realizado pela Federação Nacional das Empresas de Previdência e Vida (Fenaprevi), que acontece hoje e amanhã no Hotel Unique, em São Paulo. “A simplicidade beneficia todos na cadeia. A seguradora gasta menos para produzir o produto, o corretor gasta menos tempo para explicar, o cliente entende de maneira fácil e, por entenderem, a venda tem maior chance de sucesso”, resumo o palestrante aos mais de 400 executivos que lotam o auditório.

As exclusões foram um dos itens destacados por McCord. No microsseguro, não é possível apenas transformar o clausulado dos seguros tradicionais para o formato de microsseguro. É preciso fazer pesquisa para descobrir quem é o público alvo, o que ele necessita, e o que ele pode pagar. Um dos produtos citados pelo executivo para ilustrar a sua recomendação foi um seguro saúde. “Vi um produto na Jordânia em que a seguadora teve de gastar uma quantia considerável para explicar em detalhes que a cirurgia de troca de sexo não tinha cobertura. Se tivesse feito pesquisa teria detectado que as pessoas de classes menos favorecidas não pensam em troca de sexo e teriam feito um produto sob medida, com cobertura para acidentes do dia a dia”, comentou.

Depois de bater diversas vezes na tecla da simplicidade, McCord insistiu na educação financeira e na eficiência, dois pontos básicos para se ganhar dinheiro com a venda de microsseguros. “Não temos sido muito eficiênte com seguros tradicionais. Temos de assumir isso para mudar. Todas as partes tem de ter lucro, tanto a seguradora, como o corretor, como o segurado”, disse. Quais os custos envolvidos? É preciso entender a estrutura de custos, ressalta o especialista em venda de apólices para as classes menos favorecidas da sociedade.

Osvaldo Nascimento, diretor do Itaú Unibanco e da Fenaprevi, mediador do painel, afirmou que a sigla SUAVE faz todo o sentido para a nossa indústria. “Realmente se seguirmos essa sigla construiremos um mercado robusto de microsseguros no Brasil”. Segundo o diretor da Fenaprevi, o maior desafio que o mercado de seguros brasileiro enfrenta é a educação financeira. “Precisamos realmente nos dedicar a fazer o cidadao que esta ascendendo entenda os produtos financeiros. Essa é uma questão estratégica”.

Abertura

Eis alguns detalhes da abertura escrito por Thais Ruco, na página do evento criada no facebook.

Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros e da Fenaprevi, fez a abertura do evento. Marco Antonio Rossi, presidente da FenaPrevi, e Lucio Flavio Conduru de Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do VI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, abrem o primeiro dia do evento. “Fico feliz por estarmos vivendo um ótimo momento nos mercados de seguros de vida e previdência e por termos a oportunidade de reunir neste VI Fórum cerca de 400 pessoas interessadas no tema, enquanto no passado o grande foco era automóvel. O mercado evoluiu, nós crescemos e os seguros de vida e previdência passaram a ter espaço na vida dos brasileiros, e isso se deve a executivos aqui presentes. Brasileiro tem buscado mais proteção e isso é que norteia nossos debates, temos que levar mais seguro e proteção às pessoas”, afirma Rossi. “Vamos discutir temas atuais e desafios como formas de educar a sociedade para a compra de seguros e previdência, para amparar os brasileiros mais longevos, a importância de aderir aos canais virtuais para atender ao novo público, inovar na abordagem com uma linguagem mais fácil de ser entendida e criar mecanismos mais simples para contratação”, diz Oliveira.

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