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Nilton Molina aponta desafios da carteira de vida diante da representatividade de produtos de proteção no PIB do País

Fonte: Revista Cobertura

O atual momento para os seguros de vida do ramo de proteção é negativo. Dentre outros fatores, isso ocorre por conta da forte representatividade dos produtos VGBL e PGBL no segmento de vida e previdência para os consumidores e também as empresas; e devido a resquícios de produtos de períodos de inflação no Brasil. O alerta foi feito pelo presidente do conselho de administração da Mongeral Aegon, Nilton Molina, dia 1° de agosto, em palestra na APTS.

O especialista endossou o panorama ao expor o comportamento da ‘carteira clássica de vida’, que atualmente equivale a 0,5% do PIB. “Esse número se coloca na rabeira dos países da América Latina, em termos de participação dos produtos de proteção”. Para se ter uma ideia, em países como Portugal, França e Bélgica, a representatividade dos seguros de vida é de cerca de 6% nos respectivos PIBs.

“São países de renda mais elevada e distribuição de renda melhor. A comparação com o Brasil é boa pois esses países têm sistemas de previdência social semelhantes”, justifica.

Na opinião de Molina, um fator que influencia a pequena parcela dos seguros com cunho de proteção é a maneira como os produtos do segmento como um todo são comercializados. Nesse sentido, ele alerta também para a importância de os produtos de previdência serem vendidos de maneira correta, principalmente quando considerado os consumidores beneficiados pelo INSS, público de previdência complementar.

Nesse cenário, os profissionais devem apresentar as possibilidades de cada produto conforme a necessidade do consumidor, seja ela de acúmulo ou proteção. “Os profissionais deveriam ter a responsabilidade de conversar com o cliente para saber se este está preocupado com uma morte prematura, uma invalidez prematura”, exemplifica.

Outra ação para alavancar a presença da carteira clássica de vida no PIB brasileiro é a readequação dos produtos de vida disponíveis. Dessa maneira, defende Molina, produtos de reserva não resgatável não devem mais ser comercializados. “O reserva resgatável é muito mais vantajoso para o cliente, mas só conseguiremos vendê-lo mais quando o não resgatável deixar de existir”.

Na visão do executivo, além das mudanças na maneira de comercializar os produtos de previdência, e distribuir os seguros de vida, outra importante ferramenta para colaborar com os produtos de proteção é o interesse dos corretores de seguros pela venda de produtos desse segmento. “Temos no Brasil cerca de 50 mil corretores ativos, sendo aproximadamente 10 mil de vida”.

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