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Chip obrigatório nos veículos não deve mudar preço do seguro

Fonte: CQCS | Pedro Duarte

O Sistema Nacional de Identificação de Veículos (Siniav) foi criado por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Publicada em agosto, a normativa prevê a instalação de chips obrigatórios nos veículos, a partir de janeiro de 2013. A novidade deverá auxiliar a fiscalização dos automóveis, registrando dados de velocidade, respeito ao rodízio municipal e regularização do licenciamento, por exemplo.

Apesar da expectativa positiva de grande parte do mercado e da euforia inicial, prevendo a queda no valor do Seguro de Automóvel, agora há quem duvide dessa tendência. “A tirar pela experiência cronológica, a convicção é de que nada mudará. O veículo custará mais caro e o serviço vai exigir mais dinheiro mensal ou anual, mas o prêmio permanecerá nos mesmos patamares. As alegações podem incluir ‘experiência da carteira, ‘aumento da sinistralidade do modelo/marca’, ‘perfil do condutor’, ‘região de circulação’, entre outros aspectos”, opina o consultor e professor da Universidade Veiga Filho (UVA), Sergio Tavares. “Alguém se recorda de ter adquirido seguros mais baratos ao longo da língua do tempo?”, indaga.

Considerando que as informações obtidas pelo chip obrigatório só poderão ser utilizadas com aprovação dos segurados, o gerente da CarHouse Seguros (Porto Alegre/RS), Everton Urban, lembra que a medida vem sendo adiada há quatro anos “Para ter eficiência, o sistema deve ser instalado em local de sigilo, procedimento que não está previsto. Entretanto, o governo insiste e o problema é que vai afetar a privacidade de cada pessoa”.

Já o gerente Comercial na Valle Corretora de Seguros (Niterói/RJ), Luiz Claudio Rocha Valle, demonstra grande pessimismo. “Acho que num primeiro momento, até para fazer média com o governo, haverá uma redução no seguro. Mas com o tempo essa redução acabará e o preço voltará ao normal”, argumenta.

Mesmo que haja possibilidades operacionais e técnicas, os preços mais baixos só poderiam acontecer após o cadastramento das seguradoras no Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Isso só será permitido a partir de junho de 2014, quando termina o prazo para implementação dos chips em toda a frota, conforme reforçou, em nota, a Assessoria de Comunicação do Ministério das Cidades.

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