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Icatu expande sua atuação na região Sul do País

Fonte; Jornal do Comércio - RS

Impulsionada pela expansão do mercado de seguros no Brasil, a Icatu faturou R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2012, apresentando lucro líquido de R$ 104,5 milhões. O resultado representou um crescimento de 23% frente igual período de 2011. No Sul do País, a atuação da seguradora também apresenta evolução, segundo o vice-presidente da companhia para a região, César Luiz Saut. A meta, de agora em diante, é continuar ampliando a participação em cidades de menor porte localizadas no interior dos estados.

Apenas no Rio Grande do Sul, onde a marca possui 26% de market share, a renda com seguros de vida nos sete primeiros meses do ano atingiu R$ 197,3 milhões. O desempenho é 32,9% superior à mesma época de 2011. Com liderança nos segmentos vida em grupo e prestamista, a Icatu, entre 2007 e 2011, apresentou crescimento médio de 19,5% ao ano neste nicho. Enquanto isso, o mercado teve ascensão de 8,1%.

Na previdência privada, os negócios no Estado totalizaram R$ 33,4 milhões até julho, expansão de 12,9% na comparação com julho de 2011. Entre 2007 e 2011, o incremento médio foi de 38% ao ano, acima dos 18,3% verificados do mercado gaúcho.

Jornal do Comércio – Qual  é a representatividade atual da região Sul no faturamento da empresa?

César Luiz Saut – A região Sul, em matéria de seguros, representa mais de 40% do faturamento da Icatu. Hoje, temos mais de 1,5 milhão de clientes no Sul. Por ser uma das regiões onde há maior longevidade no Brasil, é onde o seguro de vida é mais desenvolvido.

JC – A Icatu tem lançado produtos voltados às pequenas e médias empresas. Qual é a estratégia para esse nicho?

Saut – Se quiséssemos vender para grandes empresas, enfrentaríamos uma concorrência muito acirrada e não necessariamente teríamos sucesso. Por isso, adotamos uma estratégia de oferecer produtos às empresas em que os grandes bancos não estão interessados. Temos na região Sul mais de 14 mil companhias com seguro conosco. De qualquer tamanho, com três funcionários, e por aí em diante. Nós nos interessamos pelo pequeno, pois 90% da economia do Brasil está galgada no somatório dos pequenos. Neste ano, esperamos um crescimento de 20% a 25% nesse nicho. Estamos com uma média de 348 adesões mensais de pequenas e médias empresas. A gente tem pagado, em média, 25 benefícios por dia.

JC – A ascensão social de milhões de brasileiros nos últimos anos é tida como um dos principais fatores que impulsionaram o mercado de seguros. De que forma essa situação tem se refletido para a Icatu?

Saut – Quando se tem melhoria de renda, a primeira coisa que as pessoas fazem é se alimentar melhor. Depois, elas começam a trazer para si as questões inerentes à segurança, como plano de saúde, plano de previdência e seguro de vida. Nessa segunda leva de demanda, a gente entra. O volume de adesão de mensalidades baixas está aumentando muito. Os dois escritórios que temos no Rio Grande do Sul recebem mais de 20 mil adesões de seguros por mês e, dessas, 50% são de seguros básicos de até R$ 30 mil ou R$ 40 mil.

JC – Que ações foram feitas para esse perfil de público?

Saut – A gente está baixando muito o tíquete para dar acesso à população. Hoje há os microsseguros. Até pouco tempo atrás, esse produto não era comercializado, porque as seguradoras não tinham interesse em fazer seguros pequenos. Agora, todo mundo está trabalhando com esses seguros de capital baixo. Ao invés de fazer um seguro para morte ou invalidez de R$ 50 mil que custa de R$ 15,00 a R$ 160,00 por mês, podemos fazer um seguro de R$ 5 mil com uma contribuição a partir de R$ 1,50 por mês. Para as classes C e D, isso faz uma grande diferença.

JC – Com a situação cada vez mais crítica da previdência pública, o brasileiro está começando a recorrer ao modelo privado?

Saut – Sim, cada dia que passa a gente tem uma adesão mais espontânea da previdência privada. Hoje, 3,8% da população brasileira já tem um plano de previdência. Isso é algo que vai melhorando todos os meses. Conforme a inflação se torna uma coisa obsoleta na nossa cabeça, todos os mecanismos de poupança começam a se tornar mais relevantes. As pessoas precisam fazer reserva porque a vida é cada vez mais longa. Além disso, não dá para contar com INSS para manter um padrão de vida. A previdência pública vai dar uma contribuição mínima e básica. Se a longevidade continuar evoluindo como está, em 2032 a previdência pública não conseguirá pagar nem o teto de hoje.

JC – Até onde vai o potencial do mercado de seguros no Brasil?

Saut – O Brasil ainda está muito atrasado. Só temos 5% da população com seguro de vida. Eu imagino que, até 2020, o processo será de crescimento contínuo e crescente, mesmo tendo questões econômicas e políticas para o País administrar, como ajustes tributários e na previdência pública. A penetração dos seguros tende a se estabelecer de uma forma muito forte. Acho que até 2020, nós nos equivaleremos aos países europeus (em termos de adesão aos seguros).

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