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Colisões custam R$ 73 mil por dia a seguradoras

Fonte; ODiário.com

De cada dez veículos que circulam elas ruas de Maringá, dois, em média, têm seguro. O porcentual de veículos segurados é semelhante ao registrado em Londrina e Curitiba, mas uma diferença preocupa o setor: as colisões de veículos são muito mais frequentes em Maringá.

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que entre janeiro de 2010 e junho de 2011, as seguradoras pagaram R$ 40,1 milhões em decorrência de colisões no trânsito de Maringá -- o equivalente a R$ 73 mil por dia. Em igual período, foram pagos R$ 26,3 milhões devido a colisões em Londrina, onde o número de veículos segurados é quase 20% maior.

                           Em Maringá, 20% dos veículos têm seguro; colisões são mais frequentes

Os reflexos disso são preços mais altos e maior rigidez por parte das empresas na hora de avaliar os pretendentes a contratar o serviço.

Ramiro Fernandes Dias, diretor-executivo do Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg), diz que os números de colisões em Maringá são preocupantes. Entre os motivos para deixar as seguradoras atentas está que quanto maior a quantidade de acidentes, menor o lucro das empresas, mais alto o valor do seguro e mais restrito o número de clientes.

"Estamos estudando a possibilidade de participar junto com o poder público de Maringá em uma campanha de conscientização dos motoristas, para reduzir esse número de acidentes", diz o diretor. "A gente observa que em Maringá tem muita colisão de carro com moto; é uma coisa muito frequente na cidade", avalia Dias.

Segundo o diretor-executivo do Sindseg, no mesmo período em que Maringá somou R$ 40 milhões em pagamentos das seguradoras devido a colisões, Cascavel registrou R$ 26,9 milhões. Mas tem um detalhe: o número de veículos com seguro em Cascavel é 52% menor que em Maringá.

"Não sei se é porque as ruas de Cascavel são muito largas ou se porque muitos jovens vem ganhando veículos dos pais. Ainda estamos tentando entender o que acontece por lá, apesar de que houve reduções com a instalação de radares na cidade", afirma Dias.

Apesar do Sindprev admitir que o número de acidentes acima da média tem impacto no preço dos seguros em Maringá, não há uma estimativa de valores ou porcentuais que o motorista maringaense paga a mais do que em outras cidades. "Depende muito de cada seguradora; as políticas são diferentes."

No geral, os valores do seguro variam de acordo com a idade e sexo dos usuários do veículo, a freqüência da utilização e a avaliação da segurança do local onde o condutor mora ou trabalha. Outro fator que influencia no preço é o modelo do veículo -- aqueles mais visados pelos criminosos têm o valor do seguro mais elevado.

De acordo com Omar Assolar, diretor do Sindseg para a região de Maringá, a procura por seguros de automóveis segue em alta na região. "Percebemos que as pessoas estão cada vez mais preocupadas porque não levam em consideração apenas o sinistro. Os motoristas pagam também pela sensação de segurança."

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