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Seguro enseja “uso vingativo”, diz Angélica Carlini

Fonte: CQCS | Pedro Duarte

A advogada Angélica Carlini foi uma das palestrantes do VI Encontro RH – Mercado de Seguros, promovido pela Escola Nacional de Seguros, em São Paulo. O evento aconteceu na quinta-feira (05/10), reunindo dezenas de gestores de RH de grandes empresas, inclusive seguradoras.

Especializada em seguros, Angélica é doutora em Educação e em Direito Político e Econômico, atuando como docente de MBA’s da Escola Nacional Superior de Seguros, PUC/RS, Universidade Metodista de Piracicaba e Universidade Presbiteriana Mackenzie. No evento, ela apresentou uma abordagem que relaciona o consumo pós-moderno com o desafio do mercado para ampliar a cultura do seguro no país.

Um dos principais obstáculos, segundo Angélica, é o paradoxo entre o perfil do mundo contemporâneo e a própria natureza da atividade seguradora. “Vivemos numa sociedade despolitizada e com dificuldade de pensar o coletivo. Ao mesmo tempo, seguro é mutualismo, ou seja, a divisão por muitos do risco incerto, imprevisível, mas possível”, argumenta.

“Como existe a crença de que seguro não é desejado, mas um ‘mal necessário’, a contração está desvinculada de uma sensação imediata de prazer. Nesse sentido, enseja o uso vingativo, pois há quem utilize o plano de saúde, por exemplo, sem necessidade”, prossegue Angélica.

De acordo com a especialista, a população nem sempre confia nas seguradoras e há muitos desafios, como melhorar a redação dos contratos, promover regulações de sinistros mais transparentes, rápidas e eficientes, com acompanhamento do segurado, zelar pela qualidade dos prestadores de serviços, trabalhar para a formação de um consumidor de seguros consciente e lançar campanhas com propostas publicitárias mais convincentes, entre outras ações.

“É preciso envolver todo mundo, incluindo os RHs das empresas, em uma rede de defesa da atividade do seguro como setor essencial para o desenvolvimento e a paz social”, finaliza Angélica.

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