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Susep acaba com cobrança e retira R$ 1,7 bi de seguradoras

Fonte DCI

ÃO PAULO - O superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Luciano Portal Santanna, vedou, ad referendum, a cobrança do custo de emissão de apólice, faturo ...

O superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Luciano Portal Santanna, vedou, ad referendum, a cobrança do custo de emissão de apólice, faturo e endosso separadamente do prêmio de contratos de seguros. A medida, que será publicada no Diário Oficial da União hoje, ainda será referendada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2013. A regra beneficiará diretamente os consumidores, pois deve gerar diminuição dos preços cobrados pelas seguradoras, estando em harmonia com a política econômica implantada pelo governo federal.

O Conselho Diretor da Susep, em reunião realizada no último dia 26, havia aprovado a proposta de extinção da cobrança do custo de apólice. Análise feita por um grupo de trabalho instituído na autarquia apontou não haver justificativa para a manutenção da taxa fora do prêmio. O total do valor arrecadado, dentro da rubrica custo de apólice, foi de R$ 1,7 bilhão em 2011. Até março, a taxa gerou R$ 485,3 milhões.

Em abril deste ano, a Susep suspendeu os efeitos da Circular 401, publicada em 25 de fevereiro de 2010, que majorou o teto da cobrança do custo de apólice de R$ 60 para R$ 100. Através da Circular 432, publicada no Diário Oficial da União em 16 de abril de 2012, a autarquia determinou que fosse realizado estudo técnico para estabelecer, caso fosse necessário, novo teto para essa cobrança.

Estudo realizado pela Susep revelou que as razões que deram origem à cobrança do custo de apólice, como o alto custo da impressão do documento em papel moeda, somado às perdas com a inflação, não se justifica mais no ambiente atual.

Segundo técnicos da autarquia, as reformas econômicas realizadas pelo governo brasileiro nos últimos anos, que mantiveram a estabilidade econômica, além do uso massivo da tecnologia em procedimentos de comercialização de seguro, reduziram significativamente os custos das operações de contratação.

IPO

Ainda na última sexta-feira, a Sul América S.A. comemorou cinco anos de sua Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês). A operação, reconhecida como a maior de um grupo segurador na América Latina, captou R $775 milhões com a negociação de 25 milhões de units. Desde então, a companhia integra o Nível 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da BM&FBovespa, e tem cerca de 38% de suas ações em circulação no mercado.

Segundo o diretor-presidente da SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos, Thomaz Cabral de Menezes, "a decisão de abrir capital provou-se acertada não só devido ao desempenho dos papéis da companhia, mas também devido ao processo de amadurecimento da empresa, que resultou em excelentes índices de crescimento". As ações da Companhia valorizaram quase 50% desde o IPO. "Se levarmos em conta os dividendos, o retorno total chega a quase 90% no período", destaca.

A companhia, que em 2007 emitiu R$ 6,8 bilhões em prêmios de seguro, viu esse número passar de R$ 9,4 bilhões em 2011, um aumento de quase 40%. Quando comparamos alguns números do fim de 2007, imediatamente depois do IPO, e os últimos divulgados, em 30 de junho desse ano, observamos também um forte crescimento. Por exemplo, os ativos totais saltaram de R$ 9,1 bilhões para R$ 14,1 bilhões, e o patrimônio líquido cresceu de R$ 2 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

Além dos resultados financeiros, a seguradora vem contabilizando índices que refletem os esforços de ampliar seu portfólio de produtos e sua expansão comercial. Nesses cinco anos, 20 novos produtos foram desenvolvidos que estão nas carteiras de saúde, automóveis, odontologia, vida, previdência e investimentos.

O número de filiais quase quintuplicou, passando de 14 para 68. Os Centros Automotivos de Super Atendimento (Casa) somam hoje 35 unidades espalhadas pelo País. À época do IPO, eram apenas três.

Também na sexta-feira, a Seguros Unimed divulgou que no primeiro semestre obteve lucro líquido de R$ 58 milhões, crescendo 20% sobre os R$ 48 milhões do mesmo período de 2011. A evolução foi dos mesmos 20% nos Prêmios Ganhos e Prêmios Emitidos Líquidos, fechados em R$ 533,7 e R$ 541,6 milhões respectivamente. A variação positiva ficou por conta do Lucro Operacional: R$ 74,6 milhões, alta de 32,22% em comparação ao primeiro semestre do ano passado.

"O crescimento programado e coerente da Seguros Unimed continua sendo motivo de muito orgulho para nós. Semestre a semestre continuamos vencendo os desafios de crescer de forma responsável e sustentável", avalia Rafael Moliterno Neto, presidente da companhia.

Tais números são consolidados da Unimed Seguradora e Unimed Seguros Saúde. A primeira totalizou faturamento de R$ 166,8 milhões no semestre, enquanto a segunda somou R$ 366,9 milhões. O incremento de ambas em relação ao mesmo período do ano passado é de 21,12% e 19,85%, respectivamente.

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