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Mercado de seguros deve crescer 15% no Ceará este ano

Fonte O Estado do CE

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia que fiscaliza e regulamenta o mercado de seguros no Brasil, o faturamento do mercado de seguros no Ceará, em 2011, chegou a R$ 1,8 bilhão. Até novembro de 2012, o mercado de seguros, no Estado, arrecadou R$ 2,3 bilhões, um crescimento de 25% em relação ao ano de 2011.

O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização, Previdência Privada e de Empresas Corretoras de Seguros no Ceará (Sincor-CE), Manoel Nésio Sousa está otimista quanto ao desempenho do setor para este ano. “Acreditamos que teremos um acréscimo de 10% a 15%, apesar da crise internacional, podendo um setor crescer mais, outro menos, mas essa é a média geral. A porcentagem é pequena, mas como o volume de negócios é grande, gera um montante grande”, pondera.

Ele destaca que o Ceará tem dinheiro bastante para fazer infraestrutura em tudo, “e o município [de Fortaleza] está acompanhando. Estão vindo para cá empresas de longe, porque estão vendo que tem estradas, aeroporto, porto e investimento. Isso é o que interessa para empresas de seguro no mundo. Por isso que o Ceará está aquecido”.

MERCADO
O diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas, informa que, em 2011, foram pagos R$ 477 milhões em sinistros e, até novembro de 2012, o gasto com o pagamento de sinistros foi de R$ 489 milhões. “Proporcionalmente, não houve crescimento de sinistros, uma vez que a arrecadação aumentou 25% e os sinistros apenas 2,5%”, destacou.

Ainda sem números fechados de 2012, o presidente do Sincor-CE, acredita que houve um crescimento acima de 15%, em comparação com 2011.

“Aqui no Ceará estamos produzindo mais do que essa taxa. Tudo isso foi em função da infraestrutura do Estado, que compra mais seguros do que a pessoa física”, destaca o corretor, acrescentando que o Nordeste está com uma faixa de seguro de mais de 11% do PIB do mercado brasileiro.

Falando em nível nacional, a previsão de arrecadação do setor de seguros é de R$ 255,7 bilhões para 2012. Segundo o professor da Escola Nacional de Seguros, Bruno Kelly, um somatório de fatores políticos, econômicos e sociais é favorável à expansão do setor. Entre 2010 e 2011, o seu crescimento foi de 16%, em contraste com o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de 2,7%.

Segundo o especialista, a estabilidade econômica, a inflação controlada e o maior acesso à renda por parte da população, aliados às obras de infraestrutura pelas quais passa o País e o número cada vez maior da população economicamente ativa, são condições favoráveis à comercialização do seguro. Por outro lado, ainda há questões a serem trabalhadas, que podem atrapalhar o crescimento do mercado, como a necessidade de uma reforma fiscal a ser realizada por parte do Governo Federal.

ANÁLISE
De acordo com o presidente do Sincor-CE, tanto o mercado cearense, como o nordestino - da Bahia ao Maranhão -, “está bombando”, a ponto de o estado de São Paulo elogiar o desempenho do Nordeste. Dos três estados que mais produzem, segundo ele, estão a Bahia, Pernambuco e o Ceará, que já ultrapassou Pernambuco na área de automóvel e residência. “Só não superamos a Bahia, porque lá tem um polo petroquímico”, salientou o corretor.

No Ceará existem 28 companhias de seguros. Entre os mais variados tipos, os mais contratados são benefícios (vida, capitalização, previdência privada) e automóveis. “O carro-chefe do seguro ainda é o automóvel”, enfatiza Manoel Nésio.

Segundo ele, um proprietário compra o seguro, porque, muitas vezes, adquire o bem financiado, seja em 24 ou 72 vezes, diferentemente de quem tem dinheiro. “O que preocupa essas pessoas é o medo da responsabilidade civil. Se o motorista sai em um carro de R$ 22 mil, e bate em outro de R$ 300 mil, em uma pancada grande, é perda total. De cada dez carros no Estado, cerca de um quarto é segurado”, declarou o presidente do Sincor-CE.

Bons momentos também vivem os seguros de residência, “já que Fortaleza há muitos incêndios em apartamentos, por exemplo, muitas vezes causada por causas elétricas, como curtos circuitos ou aquecimento da rede”, explica Sousa.

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