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Seguradora AIG pode processar o governo norte-americano

Fonte; DCI

Diretores da seguradora AIG, que recebeu um dos maiores pacotes de resgate do governo dos EUA durante a crise financeira de 2008, estão avaliando se vão aderir a um processo judicial contra esse mesmo governo, no qual a administração pública é acusada de estabelecer termos onerosos para a ajuda, prejudicando os acionistas da empresa.

Os diretores da AIG vão se reunir na quarta-feira para discutir o assunto. O processo foi aberto em tribunal federal de Washington em 2011 pela Starr International, empresa que já foi uma grande acionista da AIG e que é controlada pelo ex-executivo-chefe da seguradora Maurice "Hank" Greenberg. Em meados do mês passado o Departamento do Tesouro dos EUA concluiu a venda de todas as ações da AIG que possuía, encerrando o resgate de US$ 182 bilhões. Este mês, a seguradora começou a veicular uma campanha publicitária, em que agradece os contribuintes norte-americanos pelo apoio e também afirma que o governo teve um retorno positivo de mais de US$ 22 bilhões com o resgate da seguradora. À pergunta sobre a adesão ao processo, um dos porta-vozes da seguradora americana disse apenas que o conselho administrativo da seguradora "leva muito a sério suas obrigações fiduciárias e responsabilidade de julgamento empresarial".

  Em julho do ano passado, um juiz federal determinou que o processo aberto pela Starr International, pelo qual a empresa acusa o governo dos Estados Unidos de elaborar um pacote de resgate inconstitucional para a AIG, poderia prosseguir, apesar de ter recusado algumas das queixas.

Segundo a Starr, "o governo norte-americano assumiu uma fatia de quase 80% da AIG e ofereceu bilhões de dólares em crédito à empresa com uma taxa de juros muito alta, de quase 15%, o que prejudicou os acionistas. A Quinta Emenda da Constituição dos EUA proíbe que o governo assuma o controle de uma empresa privada para uso público sem uma compensação justa".

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