Breaking News

Conselho reduz remuneração mínima

Fonte: Valor Econômico

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) também promoveu recentemente uma mudança na taxa de remuneração mínima dos títulos de capitalização, que passou a ser de 0,35%, no caso dos produtos tradicionais. No texto anterior, o percentual mínimo era de 90% do juro da poupança. Para os títulos do segmento popular e de incentivo, a remuneração será de, no mínimo, 0,08%. Antes, este patamar estava fixado em 20% da taxa da poupança.

"Como houve uma nova disciplina da remuneração da poupança, que ficou atrelada a um percentual da taxa Selic, tivemos que nos readaptar. Porque as empresas têm que trabalhar com taxas que sejam fixas para efeitos dos seus balanços, de constituição de provisões", explicou o superintendente da Susep, Luciano Santanna.

As seguradoras estão, porém, de olho em um novo filão no mercado de títulos de capitalização. Trata-se de um produto para garantia de aluguel, que funciona como uma espécie de seguro fiança, mas que permite o resgate por parte do inquilino após o fim do contrato - caso não haja inadimplência - e uma garantia em volume superior ao limite de três vezes o valor do aluguel do seguro tradicional.

A Porto Seguro entrou no mercado de capitalização em outubro do ano passado e passou a atuar com os títulos de garantia para locações imobiliárias, aproveitando sua liderança em seguro locatício, afirma Fábio Braga, gerente da área de capitalização da empresa. Desde novembro, a Porto arrecadou R$ 5 milhões nas duas modalidades em que atua: fiança e incentivo.

O título adquirido fica vinculado ao contrato de aluguel. "Caso o inquilino se torne inadimplente, o locatário pode solicitar o resgate do título", explica Braga. Se não houver inadimplência até o fim do contrato, o inquilino resgata o valor corrigido. Não é necessário análise de crédito ou consulta à SPC ou Serasa.

Desde 2011, a Brasilcap também tem se aventurando nesse mercado. A empresa ainda não divulga números, mas, segundo Gilberto Lourenço, diretor comercial da companhia, essa modalidade ainda é pequena em sua carteira. A previsão, no entanto, é de crescimento. "O setor soube aproveitar a dinâmica da economia", afirmou, citando o aquecimento do segmento imobiliário no país. A distribuição dos títulos é feita por meio de corretores de seguros.

Já a Icatu resolveu apostar no segmento no final do ano passado, diz Gustavo Rosa, superintendente de produtos de capitalização da empresa. O novo título é chamado Cap Fiador. "A vantagem é que, no fim do prazo do aluguel, o inquilino recebe o valor de volta", afirma. A estratégia de distribuição também passa por corretores de seguros. (LB)
 

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario