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Taxa de administração alta zera ganho em renda fixa

Fonte Valor Econômico

Os retornos minguados ou mesmo negativos em fevereiro reafirmam o desafio do investidor na busca de ganhos reais. Na era de juros mais baixos, procurar aplicações com taxas de administração e carregamento menores tornou-se condição essencial para a capitalização da poupança de longo prazo. No mês passado, na média, os fundos de previdência de renda fixa não conseguiram nem chegar perto do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) e quanto maior a taxa, pior foi o desempenho. No caso daqueles com taxa igual ou superior a 3% o retorno médio ficou zerado, de acordo com dados da NetQuant.

Para Marcelo Nazareth, sócio-diretor da consultoria NetQuant, o investidor precisa ter em mente que taxas muito altas reduzem a rentabilidade dos fundos a percentuais que, mesmo em prazos maiores, eventualmente, nem superam a inflação. O levantamento com os dados de 705 portfólios de previdência privada feito pela NetQuant em parceria com a consultoria Towers Watson mostra que, no intervalo de 12 meses encerrados em fevereiro, o retorno médio na categoria de fundos de previdência com taxa igual ou maior que 3% ao ano registrou um retorno inferior ao IPCA - que subiu 6,31% no período. No grupo de fundos com taxa de administração entre 1,5% e 3% ao ano, somente a categoria renda fixa conseguiu entregar retorno maior que o índice.

Quando se compara as rentabilidades ao CDI, referência para aplicações financeiras conservadoras, o quadro se mostra ainda mais frustrante. O CDI teve uma alta de 7,8% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Nessa comparação, só duas categorias de fundos de previdência com taxa inferior ou igual a 1,5% ao ano registraram retorno superior em fevereiro: renda fixa e multimercado sem renda variável. Olhando os números, Nazareth faz um alerta. "Se a aplicação render basicamente a inflação, o investidor vai depender apenas das suas contribuições quando vier a se aposentar. O dinheiro estará sendo corrigido monetariamente, mas não capitalizado. Objetivamente, isso é um problema", afirma o especialista.

Segundo o levantamento, o investidor da previdência privada continua preferindo as aplicações sem renda variável. No mês passado, cerca de 96,4% da captação líquida do mercado ingressou nas categorias renda fixa e multimercado sem renda variável. Foram R$ 2,57 bilhões direcionados a fundos que compram, principalmente, títulos públicos. No total, os 705 produtos pesquisados captaram um volume líquido de R$ 2,67 bilhões.

Os dados sobre a captação das entidades de previdência sugerem que o investidor prefere as aplicações sem renda variável mesmo quando os resultados não vêm positivos, como aconteceu em fevereiro. Para Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, o motivo para essa aparente tolerância é o entendimento de que a previdência privada é uma aplicação de longo prazo. "Na SulAmérica, não vimos nenhum movimento diferenciado de ligações questionando o retorno negativo", afirma Mello, lembrando que sofreram mais os fundos com o melhor desempenho nos últimos 12 meses.

Do início do ano até fevereiro, o investidor que analisa o mercado de renda variável a partir do Índice Bovespa até pode dizer que tem argumentos para não colocar seu dinheiro na bolsa. Neste intervalo, a queda chega a 5,8%. Com este cenário, a busca por fundos de previdência com a menor taxa de administração ta

Os retornos minguados ou mesmo negativos em fevereiro reafirmam o desafio do investidor na busca de ganhos reais. Na era de juros mais baixos, procurar aplicações com taxas de administração e carregamento menores tornou-se condição essencial para a capitalização da poupança de longo prazo. No mês passado, na média, os fundos de previdência de renda fixa não conseguiram nem chegar perto do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) e quanto maior a taxa, pior foi o desempenho. No caso daqueles com taxa igual ou superior a 3% o retorno médio ficou zerado, de acordo com dados da NetQuant.

Para Marcelo Nazareth, sócio-diretor da consultoria NetQuant, o investidor precisa ter em mente que taxas muito altas reduzem a rentabilidade dos fundos a percentuais que, mesmo em prazos maiores, eventualmente, nem superam a inflação. O levantamento com os dados de 705 portfólios de previdência privada feito pela NetQuant em parceria com a consultoria Towers Watson mostra que, no intervalo de 12 meses encerrados em fevereiro, o retorno médio na categoria de fundos de previdência com taxa igual ou maior que 3% ao ano registrou um retorno inferior ao IPCA - que subiu 6,31% no período. No grupo de fundos com taxa de administração entre 1,5% e 3% ao ano, somente a categoria renda fixa conseguiu entregar retorno maior que o índice.

Quando se compara as rentabilidades ao CDI, referência para aplicações financeiras conservadoras, o quadro se mostra ainda mais frustrante. O CDI teve uma alta de 7,8% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Nessa comparação, só duas categorias de fundos de previdência com taxa inferior ou igual a 1,5% ao ano registraram retorno superior em fevereiro: renda fixa e multimercado sem renda variável. Olhando os números, Nazareth faz um alerta. "Se a aplicação render basicamente a inflação, o investidor vai depender apenas das suas contribuições quando vier a se aposentar. O dinheiro estará sendo corrigido monetariamente, mas não capitalizado. Objetivamente, isso é um problema", afirma o especialista.

Segundo o levantamento, o investidor da previdência privada continua preferindo as aplicações sem renda variável. No mês passado, cerca de 96,4% da captação líquida do mercado ingressou nas categorias renda fixa e multimercado sem renda variável. Foram R$ 2,57 bilhões direcionados a fundos que compram, principalmente, títulos públicos. No total, os 705 produtos pesquisados captaram um volume líquido de R$ 2,67 bilhões.

Os dados sobre a captação das entidades de previdência sugerem que o investidor prefere as aplicações sem renda variável mesmo quando os resultados não vêm positivos, como aconteceu em fevereiro. Para Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, o motivo para essa aparente tolerância é o entendimento de que a previdência privada é uma aplicação de longo prazo. "Na SulAmérica, não vimos nenhum movimento diferenciado de ligações questionando o retorno negativo", afirma Mello, lembrando que sofreram mais os fundos com o melhor desempenho nos últimos 12 meses.

Do início do ano até fevereiro, o investidor que analisa o mercado de renda variável a partir do Índice Bovespa até pode dizer que tem argumentos para não colocar seu dinheiro na bolsa. Neste intervalo, a queda chega a 5,8%. Com este cenário, a busca por fundos de previdência com a menor taxa de administração também faz muita diferença. Como mostra a tabela nesta página, quanto menor a taxa, menor foi a perda dos fundos com renda variável em fevereiro. Como diz Nazareth, da NetQuant, a busca pelo menor custo pode ser, objetivamente, percebida no resultado dos fundos hoje e quando o investidor se aposentar.

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